sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

 POETAS DE PARABÉNS

JOAQUIM PESSOA







Houve uma Ilha em Ti

Houve uma ilha em ti que eu conquistei.
Uma ilha num mar de solidão.
Tinha um nome a ilha onde morei.
Chamava-se essa ilha Coração.

Que saudades do tempo que passei.
Nenhum desses momentos foi em vão.
Do teu corpo, de ti, já nada sei.
Também não sei da ilha, não sei, não.

Só sei de mim, coberto de raízes.
Enterrei os momentos mais felizes.
Vivo agora na sombra a recordar.

A ilha que eu amei já não existe.
Agora amo o céu quando estou triste
por não saber do coração do mar.

Joaquim Pessoa




        

        Joaquim Pessoa nasceu no Barreiro em 22 de fevereiro de 1948 e faleceu na mesma cidade em 17 de abril de 2023. Além de artista plástico, publicitário e estudioso de arte pré-histórica portuguesa é aqui recordado como poeta. Nesta área foram-lhe atribuídos vários prémios, estando traduzido em várias línguas.
        Escreveu inúmeras letras para artistas portugueses sendo a sua principal obra O Livro da Noite.


sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

 HOMENAGEM A MARIA TERESA HORTA


        Em 4 de fevereiro de 2025 faleceu em Lisboa a poetisa, jornalista e ativista portuguesa Maria Teresa Horta. A sua ausência física substitui-se à sua obra, que perdurará.






Segredo

Não contes do meu
vestido
que tiro pela cabeça

nem que corro os
cortinados
para uma sombra mais espessa

Deixa que feche o
anel
em redor do teu pescoço
com as minhas longas
pernas
e a sombra do meu poço

Não contes do meu
novelo
nem da roca de fiar

nem o que faço
com eles
a fim de te ouvir gritar

Maria Teresa Horta





        Mulher controversa, porque se revelou inconformada ativista, o seu trabalho literário mereceu, em vida, vários prémos e condecorações dos quais se destacam, entre muitos outros:
    2011 - o Prémio D. Dinis da Fundação Casa de Mateus;
    2022 - condecorada a 21 de abril com o grau de Grande-Oficial da Ordem da Liberdade.

sábado, 15 de fevereiro de 2025

 RESCALDO 

DA 4ª CELEBRAÇÃO DE S. VALENTIM

A SETA DE CUPIDO




        Hoje é o dia em que encerra o desafio proposto da Celebração de S. Valentim.
        Aos participantes, em primeiro lugar, quero agradecer todo o seu empenho e disponibilidade na escrita dos prestimosos trabalhos, que dão corpo à iniciativa.
        Seguidamente, agradeço também àqueles leitores que, com o seu comentário, ajudam a dinamizar o espírito do desafio.
        Um grande bem haja para todos.

        Muito obrigado.

        Juvenal Nunes




terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

 DIA DOS NAMORADOS

4ª CELEBRAÇÃO DE S. VALENTIM

A SETA DE CUPIDO






Dia dos Namorados

A caminhar no jardim
Seguem juntos de mãos dadas,
O perfume do jasmim
Deixa as almas incensadas.

No compasso desse passo
Sob verde baldaquino
Por cada sentido abraço
Vai-se vincando o destino.

Pelas áleas perfumadas,
Por onde se abre o caminho,
As almas apaixonadas
Mostram sinais de carinho.

O amor é uma aventura,
Que se busca com sentido,
Vestido com a ternura
Pela seta de Cupido.

Juvenal Nunes




quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

 4ª CELEBRAÇÃO DE S. VALENTIM

A SETA DE CUPIDO


         O Dia dos Namorados comemora-se no dia 14 de fevereiro e tem como padroeiro S. Valentim.
        Gostaria de propor, a todos os escritores visitantes, a escrita de um poema sobre a referida efeméride.

        Quem quiser participar deverá:

       -- postar o texto no seu blog, antecedido do distintivo pictográfico apresentado.

       Saudações poéticas.



        Juvenal Nunes


Participantes:


Rosélia Bezerra: Do Enamoramento


Ana Tapadas: Ao Amor 

Olinda Melo (Mário Margaride): O Amor Na Sua Plenitude


Maria Rodrigues: A Seta de Cupido

Juvenal Nunes: Dia dos Namorados

Mário Margaride: O Nosso Encontro

J. P. Alexander: Eu Amo-te



sábado, 1 de fevereiro de 2025

 PPOEMAS POR TEMAS

ESPERANÇA





Espera

Dei-te a solidão do dia inteiro.
Na praia deserta, brincando com a areia,
No silêncio que apenas quebrava a maré cheia
A gritar o seu eterno insulto,
Longamente esperei que o teu vulto
Rompesse o nevoeiro

Sophia de Mello Breyner Andresen






        Sophia de Mello Breyner Andresen é uma poetisa natural do Porto, onde nasceu
em 5 de novembro de 1919 e faleceu em Lisboa em 2 de julho de 2004.
        Foi mãe do jornalista e escritor Miguel Sousa tavares.
        Foi tradutora e o seu talento manifestou-se também na prosa, tendo escrito livros
de contos infantis.
        Foi a primeira mulher portuguesa a receber, em 1999, o Prémio Camões.
        Encontra-se sepultada no Panteão Nacional.