sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

 ANO NOVO 2022

        Faltam poucas horas para a viragem da última folha do último dia do calendário.
        Faltam poucas horas para a entrada do novo ano 2022.
        Todos desejamos um novo ano cheio de prosperidades e todos queremos concretizar os projetos que todos e cada um se propõem realizar.
        É com esse espírito que desejo a todos um ano novo



que corresponda aos objetivos de paz, concórdia e felicidade,  que todos pretendem alcançar.
         A vida é um desafio que temos que enfrentar, porque a caminhada continua.





Ano Novo

Ficção de que começa alguma coisa!
Nada começa tudo continua.
Na fluida e incerta essência misteriosa
Da vida, flui em sombra a água nua.
Curvas do rio escondem só o movimento.
O mesmo rio flui só onde se vê.
Começar só começa em pensamento.

Fernando Pessoa






                           

                                    


                               Juvenal Nunes

sábado, 25 de dezembro de 2021

 1º ENCONTRO TEMÁTICO

UM POEMA DE NATAL



        Realizada a Consoada, comemora-se, hoje, o Natal.
        Terminado o Encontro Temático Um Poema de Natal é tempo de fazer balanço.
        Quero expressar, aqui, a minha gratidão a todos os que valorizaram a
iniciativa com as suas prestimosas participações.
        Agradeço, também, a todos os leitores e comentadores que visitaram o espaço,
valorizando-o com a sua visita e positiva interação.
        Para todos os participantes que quiserem usar no seu blog aqui fica um testemunho
de participação.




        Muito obrigado a todos.
        Continuação de Boas Festas

                                Juvenal Nunes

segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

 POETAS DE PARABÉNS

OLAVO BILAC




               Um Beijo

Foste o beijo melhor da minha vida,
ou talvez o pior...Glória e tormento,
contigo à luz subi do firmamento,
contigo fui pela infernal descida!

Morreste, e o meu desejo não te olvida:
queimas-me o sangue, enches-me o pensamento,
e do teu gosto amargo me alimento,
e rolo-te na boca malferida.

Beijo extremo, meu prémio e meu castigo,
batismo e extrema-unção, naquele instante
por que, feliz, eu não morri contigo?

Sinto-me o ardor, e o crepitar te escuto,
beijo divino! e anseio delirante,
na perpétua saudade de um minuto…

                               Olavo Bilac

                                                     
                                                   





        Olavo Bilac nasceu no Rio de Janeiro, em 18 de dezembro de 1865 e faleceu na mesma 
cidade, em 28 de dezembro de 1918.
        Eleito príncipe dos poetas brasileiros, em 1907, notabilizou-se, também, como
jornalista, cronista e contista. Foi membro fundador da Academia Brasileira de Letras.
        Autor de uma obra vasta, deu expressão e liderou o Parnasianismo no Brasil.


sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

 1º ENCONTRO TEMÁTICO

UM POEMA DE NATAL






Poema de Natal

Na lapa feita curral
Nasceu Jesus, o Messias,
Nele teve o seu Natal
Conforme as profecias.

Visitaram-no pastores
Com prestimosas ofertas,
Os Magos adoradores
Vieram de almas despertas.

No céu brilha uma luz
Da mais cintilante estrela,
Que esparge e reluz
Com a vibração mais bela
Tal e qual o fez Jesus
Tornando clara a doutrina,
Que aos homens de bem seduz
Pela mensagem divina.

Juvenal Nunes


quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

 XII INTERAÇÃO FRATERNA DE NATAL


CONVERSANDO COM O MENINO DEUS


Conversando com o Menino Deus

A estrela que alumia,
Sobre o teto do curral,
É um farol que nos guia,
Que nos une no Natal.

A contemplar-Te no berço
De Rei feito humildade,
Com confiança converso,
Peço pela Humanidade.

Teu exemplo é melodia
Que conforta corações,
Livra-nos da pandemia,
Ouve as nossas orações.

Juvenal Nunes



sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

 O CLASSICISMO

 POESIA ÉPICA


Os Lusíadas

Canto I

1ª Estrofe

As armas e os Barões assinalados
Que da Ocidental praia Lusitana
Por mares nunca dantes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;

Luís de Camões



A título de exemplo publicamos a 1º estrofe do poema épico Os Lusíadas.
A poesia épica, também designada epopeia, é um texto poético narrativo, em que se contam ações grandiosas de um povo, evidenciando um herói.


quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

1º ENCONTRO TEMÁTICO

POEMA DE NATAL 



        Começa hoje o mês de dezembro, no qual se celebra o Natal.
        Gostaria de propor, a todos os interessados, a escrita de uma poema sobre a referida efeméride.
        Quem quiser participar deverá:

    -- postar o texto no seu blog, antecedido do distintivo pictográfico apresentado.

        Saudações natalícias,                
        Juvenal Nunes


                                                               Participantes:




         4 - Micaela - http://oficinadakaela.blogspot.com/


          6 - Fatyma - https://raios-do-soll.blogspot.com/


sexta-feira, 26 de novembro de 2021

 POETAS DE PARABÉNS






Humanidade

Na tarde calma e fria que circula
por entre os eucaliptos e a distância,
olhando as nuvens quase nada rubras
e a névoa consentida pelos montes,
névoa não subindo por não ser
fumo da vida que trabalha e teima,
e olhando uma verdura fugitiva
que a noite no céu queima tão depressa,
esqueço-me que há gente em cada parte,
gente que, de sempre, sofre e morre,
e agora morre mais ou sofre mais,
esqueço-me que a esperança abandonada,
a não ser de ninguém, é sempre minha,
esqueço-me que os homens a renovam,
que o fumo de seus lares sobe nos ares.
Esqueço-me de ouvir cheirar a Terra,
esqueço-me que vivo… E anoitece.

          Jorge de Sena






        Jorge de Sena nasceu em Lisboa, em 2 de novembro de 1919 e faleceu em Santa Bárbara, Califórnia, em 4 de junho de 1978.
        Desenvolveu uma vasta obra no domínio do ensaio, drama, ficção e poesia.
        Depois de ter fracassado na sua carreira, como oficial da marinha, cursou engenharia civil na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.
        Começou a escrever e a publicar em simultâneo com o exercício da sua profissão de engenheiro.
A discordância com a situação política vigente em Portugal e o crescente aumento da sua numerosa família levaram-no até ao Brasil. Ensinou Literatura Portuguesa em Araraquara e fez uma tese de doutoramento em Letras.
        A instauração da ditadura militar no Brasil, em 1964, levou-o para os Estados Unidos, onde foi catedrático de Literatura Comparada na Universidade da Califórnia.
        A Revolução de 25 de Abril de 1974 despertou-lhe a vontade de regressar à Pátria, mas não tendo recebido mostras de interesse pelo seu trabalho preferiu continuar nos Estados Unidos da América.
Faleceu em Santa Bárbara, na Califórnia e os seus restos mortais foram trasladados para Lisboa, em 2009.
        Escreveu o romance Sinais de Fogo e diversos livros de poemas: Perseguição, Coroa da Terra, Pedra Filosofal, Quarenta Anos de Servidão, etc.

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

 VERÃO DE S. MARTINHO





Verão de S. Martinho

Dentro do mês de novembro
Há festa de tradição,
Que com gosto eu relembro
Com seu santo de eleição.

Dos soutos lá das montanhas
É costume bem vetusto
Serem trazidas castanhas
Para a festa do magusto.

O S. Martinho apadrinha
Esta bela tradição
Que toda a gente acarinha
E vive com emoção.

O seu passado revela
Essa lenda que é tão bela:
Numa curva da estrada,
O cavaleiro Martinho
Viu com frio um mendigo;
Cortou a capa com a espada
E num gesto de carinho
Deu metade ao sem-abrigo.

Esse gesto solidário
Feito ao pobre solitário
Fez que o tempo da estação
Fosse de novo verão!

Juvenal Nunes


                                          



sexta-feira, 12 de novembro de 2021

 POEMAS POR TEMAS



Tema - Desejo

Desejo Contido

Meu desejo está preso.
Não sai na voz,
não sai na escrita...
mas está aqui,
ileso,
faminto
pra sussurrar-te aos ouvidos,
escrever-te tremido,
de tanto desejo contido.

Marco Paschoal






                  Marco Paschoal é um poeta de nacionalidade brasileira, tendo
          nascido no Rio de Janeiro, em 03 de março de 1983.
                  Para além da escrita é DJ de música eletrónica e ritmista
          de escola de samba.

quinta-feira, 11 de novembro de 2021

 CINTILAÇÕES



        Aproveito este espaço para noticiar sobre a publicação do livro CINTILAÇÕES,
da autoria de João Bragança Santos.
        Trata-se da sua primeira obra poética impressa em livro, depois de ter
publicado, em edição de autor, um conjunto de pequenas narrativas históricas,
em prosa, sob a designação de Escrever no Pó - Histórias da História.
        Cintilações depuram, nos trilhos da vida, o resultado da associação entre a sensibilidade
e a estética.

sexta-feira, 5 de novembro de 2021


O CLASSICISMO

     O fim da Idade Média, na sua evolução cultural, trouxe consigo o Renascimento.
     Este movimento de renovação científica, artística e cultural, originou, no seu pendor
literário, o Classicismo. Os grandes representantes do Classicismo português, na arte das letras, 
são Luís de Camões, António Ferreira e Fernão Mendes Pinto. Este na prosa, através da literatura de viagens e, aqueles, na poesia.
     Luís de Camões variou o seu talento de poeta entre a poesia lírica, a poesia épica e o teatro.




Verdes são os Campos

Verdes são os campos,
De cor de limão:
Assim são os olhos
Do meu coração.

Campo, que te estendes
Com verdura bela;
Ovelhas, que nela
Vosso pasto tendes,
De ervas vos mantendes
Que traz o verão,
E eu das lembranças
Do meu coração.

Gados que pasceis
Com contentamento,
Vosso mantimento
Não no entendereis;
Isso que comeis
Não são ervas, não:
São graças dos olhos
Do meu coração.

Luís de Camões





     Luís de Camões nasceu e viveu em Lisboa tendo vivido sempre no Séc. XVI.
     Foi cortesão, fidalgo aventureiro, militar e poeta.
     A sua obra Os Lusíadas, poema épico sobre a odisseia dos portugueses, alcandorou-o a uma 
posição cimeira das letras pátrias e lusófonas. 


sexta-feira, 29 de outubro de 2021

 POESIA TRADUZIDA

AMALIA BAUTISTA




IDA E VOLTA

Quando nos encaminhamos para o amor
todos vamos ardendo.
Levamos amapolas nos lábios
e uma centelha de fogo no olhar.
Sentimos que o sangue
nos golpeia as têmporas, as pelves, os pulsos.
Damos e recebemos rosas vermelhas
e vermelho é o espelho do quarto na penumbra.

Quando voltamos do amor, vagarosos,
desprezados, culpados
ou simplesmente estupefatos,
regressamos muito pálidos, muito frios.
Com olhos e cabelos envelhecidos e o número
de leucócitos nas alturas,
somos um esqueleto e sua derrota.

Porém continuamos indo.

Amalia Bautista





        Amalia Bautista é uma poetisa espanhola, nascida em Madrid em 1962.
        Tem vários livros traduzidos em português, de entre os quais figura
Coração Desabitado.

terça-feira, 19 de outubro de 2021

 OUTONO E COR




Outono e Cor


O outono é bom pintor,

Tem uma alma de artista,

À folhagem muda a cor,

Nenhuma há que resista.


O outono é sedutor,

À flora mexe os sentidos,

Apesar do seu frescor

Os ramos deixa despidos.


Ao dar cor a cada folha

De cada uma faz tela,

Cada folha que desfolha

É uma bela aguarela.


As folhas assim pintadas

Trazem mensagens sentidas,

Que pelo vento levadas

No espaço deixam sinais,

Transmitindo coloridas

As impressões outonais.

Juvenal Nunes




terça-feira, 12 de outubro de 2021

 POESIA PALACIANA




Ante Tamanhas Mudanças

Antre tamanhas mudanças,
que cousa terei segura?
Duvidosas esperanças,
tão certa desaventura…

Venham estes desenganos
do meu longo engano, e vão,
que já o tempo e os anos
outros cuidados me dão.
Já não sou para mudanças,
mais quero üa dor segura;
vá crê-las vãs esperanças
quem não sabe o qu’aventura!

Bernardim Ribeiro



         Não se sabe ao certo a data de nascimento e morte de Bernardim Ribeiro,
apenas que viveu no séc. XV e XVI, frequentou a corte e consta do Cancioneiro
Geral.
        Viveu algum tempo em Itália. Além de poeta,  foi como novelista que escreveu 
a obra Menina e Moça.
       É um dos mais renomados autores deste período da história da Literatura 
Portuguesa.

terça-feira, 5 de outubro de 2021

 POEMAS POR TEMAS





Tema: Surreal


H

Sei que dez anos nos separam de pedras
e raízes nos ouvidos

e ver-te, ó menina do quarto vermelho,
era ver a tua bondade, o teu olhar terno
de Borboleta no Infinito

e toda essa sucessão de pontos vermelhos no espaço
em que tu eras uma estrela que caiu
e incendiou a terra

lá longe numa fonte cheia de fogos-fátuos.

                                                     António Maria Lisboa






        Nasceu e morreu em Lisboa. Teve uma existência curta, já 
que viveu apenas 25 anos.
        Colaborou na revista Pirâmide.
        Integrou a corrente surrealista, tendo sido o seu mais radical
representante.

terça-feira, 28 de setembro de 2021

 POETAS DE PARABÉNS

CAMILO PESSANHA




VIOLONCELO
         
Chorai arcadas
Do violoncelo!
Convulsionadas,
Pontes aladas
De pesadelo...

De que esvoaçam,
Brancos, os arcos...
Por baixo passam,
Se despedaçam,
No rio, os barcos.

Fundas, soluçam
Caudais de choro...
Que ruínas, (ouçam)!
Se se debruçam,
Que sorvedouro!...

Trémulos astros...
Soidões lacustres...
—: Lemos e mastros...
E os alabastros
Dos balaústres!

Urnas quebradas!
Blocos de gelo...
— Chorai arcadas,
Despedaçadas,
Do violoncelo.

Camilo Pessanha








        Camilo Pessanha nasceu em Coimbra em 7 de setembro de 1867
e faleceu em Macau a 1 de março de 1926, onde jaz sepultado.
        É o mais destacado representante do simbolismo em língua portuguesa.
Colaborou em diversas revistas da época e é autor do livro Clepsidra,
que o colocou, de imediato, no patamar cimeiro das letras pátrias.
        Ainda em vida, foi galardoado com o grau de Comendador da Ordem
Militar de Sant`Iago de Espada.
        A sua morte deveu-se ao uso abusivo de ópio.

sábado, 18 de setembro de 2021

 VINDIMA



Vindima

O Portugal vinhateiro,
Terra de vinho e suor,
Trabalha o ano inteiro,
Em que a alma com ardor
Se extenua pelos poros
Pela labuta nas vinhas,
Animadas pelos coros
Das mais alegres modinhas,
Em que o abraço final,
Entre homem e a natureza,
É o néctar ideal
Produzido com sageza.

Vinha, verão, ardentia
Que no ar põe labaredas,
Os teus socalcos, veredas,
São motivo de ufania.

O trabalho com proveito,
De quem conhece os segredos,
Resulta sempre bem feito
Na produção dos vinhedos.

Sendo os cachos vindimados
São pisados nos lagares
Em gestos bem compassados;
Em breves trocas de olhares
Também a festa domina,
Mesmo os corpos fatigados
Dançam muito animados
Ao ritmo da concertina
Que o homem tem por estima
De manter a tradição,
De ser sempre animação
Todo o tempo de vindima.

Juvenal Nunes






sábado, 11 de setembro de 2021

 POESIA PALACIANA




Comigo me desavim


Comigo me desavim,
Sou posto em todo perigo;
Não posso viver comigo
Nem posso fugir de mim.

 

Com dor da gente fugia,
Antes que esta assi crecesse:
Agora já fugiria
De mim , se de mim pudesse.
Que meo espero ou que fim
Do vão trabalho que sigo,
Pois que trago a mim comigo
Tamanho imigo de mim?

 

            Sá de Miranda



       Sá de Miranda é outro consagrado poeta do Cancioneiro Geral.
        No séc. XVI, é o poeta mais lido depois de Camões.
        Homem muito viajado e culto, a ele se deve a introdução do soneto, 
em Portugal.

sábado, 4 de setembro de 2021

 PRÉMIO NACIONAL DE POESIA ANTÓNIO RAMOS ROSA



        Manuel Alegre venceu, por unanimidade, o prémio supracitado, que lhe será entregue, hoje, no Auditório da Biblioteca Municipal de Faro António Ramos Rosa.
        O prémio distinguiu o seu livro "Quando" publicado em novembro de 2020.





Coisa Amar

Contar-te longamente as perigosas
coisas do mar. Contar-te o amor ardente
e as ilhas que só há no verbo amar.
Contar-te longamente longamente.

Amor ardente. Amor ardente. E mar.
Contar-te longamente as misteriosas
maravilhas do verbo navegar.
E mar. Amar: as coisas perigosas.

Contar-te longamente que já foi
num tempo doce coisa amar. E mar.
Contar-te longamente como 
dói

desembarcar nas ilhas misteriosas.
Contar-te o mar ardente e o verbo amar.
E longamente as coisas perigosas.

 Manuel Alegre






           Natural de Águeda, onde nasceu em 12 de maio de 1936, Manuel Alegre é um político e um poeta português.
      Este prémio é mais um dos muitos que recebeu ao longo da sua atividade, enquanto poeta.
           Opositor ao regime anterior ao atual, esteve exilado, tendo regressado a Portugal após o 25 de abril de 1974. 
É considerado uma das vozes mais fortes da atual poesia portuguesa.

sábado, 28 de agosto de 2021

 POETAS DE PARABÉNS

MIGUEL TORGA






Súplica

Agora que o silêncio é um mar sem ondas,
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas
Às urgentes perguntas
Que te fiz.
Deixa-me ser feliz
Assim,
Já tão longe de ti como de mim.

Perde-se a vida a desejá-la tanto.
Só soubemos sofrer, enquanto
O nosso amor
Durou.
Mas o tempo passou,
Há calmaria...
Não perturbes a paz que me foi dada.
Ouvir de novo a tua voz seria
Matar a sede com água salgada.

Miguel Torga







        Miguel Torga nasceu em S. Martinho de Anta em 12 de agosto de 1907 e faleceu 
em Coimbra, em 17 de janeiro de 1995.
        Oriundo de uma família humilde que trabalhava na agricultura, começou a trabalhar 
com 10 anos de idade. Após uma curta passagem pelo seminário emigrou  para 
o Brasil aos treze anos para trabalhar numa fazenda de café, pertencente a um tio.
Devido à sua enorme capacidade de aprendizagem o tio permitiu-lhe que ´prosseguisse os
 estudos, no Brasil. Cinco anos volvidos regressa a Portugal, conclui os estudos liceais 
e acaba por se licenciar em Medicina, na Universidade de Coimbra.
        Médico de profissão, dedicou-se intensamente à atividade literário tornando-se num dos
grandes escritores do séc.  XX português, tanto na prosa como na poesia.
        Largamente premiado pela sua obra literário recebeu também o Prémio Camões,
o mais importante na língua portuguesa.


segunda-feira, 23 de agosto de 2021

  XII Interação Fraterna

Rosélia Bezerra



Aniversário do blog "Idade Espiritual"

É sugestiva a imagem
Do caminho emoldurado,
Que perfuma a paisagem
Dum cenário encantado.

Passaram-se doze anos,
Largos meses, muitas horas,
Venceram-se desenganos
São justos os meus emboras.

Minha crença seja dita
Os doze não são demais
E toda a gente acredita
Que hão-de vir muitos mais.

Mantenha o blog de pé,
Com caráter, atitude,
Expressando sua fé
Numa vida com saúde.

Juvenal Nunes