POESIA PALACIANA
Comigo me desavim
Comigo me desavim,
Sou posto em todo perigo;
Não posso viver comigo
Nem posso fugir de mim.
Sou posto em todo perigo;
Não posso viver comigo
Nem posso fugir de mim.
Com dor da gente fugia,
Antes que esta assi crecesse:
Agora já fugiria
De mim , se de mim pudesse.
Que meo espero ou que fim
Do vão trabalho que sigo,
Pois que trago a mim comigo
Tamanho imigo de mim?
Antes que esta assi crecesse:
Agora já fugiria
De mim , se de mim pudesse.
Que meo espero ou que fim
Do vão trabalho que sigo,
Pois que trago a mim comigo
Tamanho imigo de mim?
Sá de Miranda
Sá de Miranda é outro consagrado poeta do Cancioneiro Geral.
No séc. XVI, é o poeta mais lido depois de Camões.
Homem muito viajado e culto, a ele se deve a introdução do soneto,
em Portugal.
No séc. XVI, é o poeta mais lido depois de Camões.
Homem muito viajado e culto, a ele se deve a introdução do soneto,
em Portugal.
Saborosa Poesia de Sá de Miranda.
ResponderEliminarÉ sempre agradável ver/ler estes Poemas de arte palaciana.
Obrigado pela mostra.
Abraço
SOL da Esteva
Agradeço a sua visita e o comentário de apoio.
EliminarAbraço amigo.
Juvenal Nunes
Poema muito interessante de ler. Gostei muito.
ResponderEliminar.
Feliz fim-de-semana
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
Obrigado pela presença e simpático comentário.
EliminarAbraço amigo.
Juvenal Nunes
Muito interessante esta poesia palaciana.
ResponderEliminarGostei muito deste poema de Sá de Miranda.
Excelente partilha, amigo Juvenal!
Bom fim de semana!
Abraço amigo.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Sempre grato com a sua presença e apreciação crítica.-
EliminarAbraço amigo.
Juvenal Nunes
Bom dia de sábado, amigo Juvenal!
ResponderEliminarUm poema que retrata a falta de amor próprio.
Por outro lado, sinto que o autor tem autoconhecimento suficiente... Todos temos algo de "inimigo" em nossas entranhas.
Tenha um final de semana abençoado!
Abraços fraternos de paz e bem
Gostei demais. Por supuesto nao conhecía o Poeta. Existimos no mundo e tambem em nois. E cada vez somos mais.
ResponderEliminarAbraco grande.
Trata-se de um dos mais significativos poetas do séc. XVI português.
EliminarSeja sempre bem-vindo.
Abraço amigo.
Juvenal Nunes
Um poema bonito, mas triste!
ResponderEliminarTinha tudo perante a sociedade, mas na vida lhe faltava algo muito importante para ser feliz.
Um feliz fim de semana, Juvenal!
Um abraço amigo
Obrigado pela presença e assertivo comentário.
EliminarContinuação de bom fim de semana.
Abraço amigo.
Juvenal Nunes
Lindo compartilhamento!Bela poesia! abraços, chica
ResponderEliminarFico grato com a sua simpática visita e apoio demonstrado.
EliminarAbraço de amizade.
Juvenal Nunes
Es una belleza este poema. El escrutinio interno, con lo que no gusta de la ptopia personalidad. Gracias por traerlo.
ResponderEliminarUn abrazo.
Muito me apraz a sua presença e o apropriado comentário.
EliminarAbraço forte.
Juvenal Nunes
Linda poesia de Sá de Miranda que o poeta Juvenal nos presenteia. Grata pela partilha, amigo!
ResponderEliminarFeliz final se semana
Abraços
Agradeço à Maria Lúcia a sua visita e o comentário de apreciação.
EliminarContinuação de bom fim de semana.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
E a razão que tem o poeta. Tanta vez somos os maiores inimigos de nós mesmos. Mas também isso faz falta e não apenas existe.
ResponderEliminarDizê-lo como Sá de Miranda é que não conseguimos. Lê-lo já nos basta.
Obrigado pela presença e pelas considerações expostas.
EliminarAbraço amigo.
Juvenal Nunes
Ah, meu amigo, agora relembrei as aulas de Literatura Portuguesa de 30 anos atrás na Universidade! Grande poeta. Até hoje gosto muito da literatura de Portugal, os poetas atuais são muito talentosos. Um grande abraço
ResponderEliminarApraz-me a sua visita e a evocação feita no comentário.
EliminarSeja sempre bem-vinda.
Abraço amigo.
Juvenal Nunes
Thank you for commenting on my blog! Best wishes.
ResponderEliminarÉ um gosto recebê-la e visitá-la, pelo que não tem nada que agradecer.
EliminarBest wishes.
Abraço amigo.
Juvenal Nunes
Oi Juvenal, gostei muito!
ResponderEliminarDesde sempre somos seres em aprendizado. Quando não se suporta a si mesmo o tempo todo é sinal de que devemos nos empenhar em nos conhecermos melhor e mudar o que se reconhece de negativo.
Adorei a reflexão, bom domingo e um abraço!
Obrigado pela sua visita e assertivo comentário.
EliminarAbraço amigo.
Juvenal Nunes
Sou de letras, Amigo e por isso fui obrigada a estudar a fundo os nossos grandes da literatura e, como era obrigatório, não fazia essa leitura com tanto gosto como a faço hoje; e aqui está o grande Sá de Miranda com um poema que tanto diz sobre a complexidade da alma humana. Quantas vezes não nos zangamos com o nosso eu? Desavindos com certas atitudes tomadas dá-nos vontade de fugir de nós mesmos, mas, na impossibilidade de o fazermos, temos de aceitar que é connosco que temos de conviver e que não adianta fugir; podemos afastar-nos dos outros, se nos causam dor, mas de nós, nunca! Temos de nos aceitar como somos, tentando, claro, corrigir aquilo que perturba a nossa serenidade interior, tornando-nos assim melhores para nós e para os outros. Este mundo tão perturbador, Juvenal, acaba por nos inquietar, mas ele sempre foi assim, o mundo, por isso não é estranho que Sá de Miranda também se sentisse inquieto, amargurado e quisesse fugir desse seu "Eu " inimigo que o fazia sofrer. Foi o que senti ao ler este poema, Amigo, mas cada um que a ler, vai, com certeza , ter outra interpretação. Só o poeta sabia o que lhe ia na alam ao escrever este " desabafo " Obrigada, Amigo, por me recordares Sá de Miranda, poeta que há muito estava, por mim, esquecido. Um abraço e SAÚDE para todos aí em casa
ResponderEliminarEmilia
Faço minhas as suas palavras. De facto, sem o peso da obrigatoriedade apreciamos melhor aquilo de que verdadeiramente gostamos.
EliminarÉ sempre um gosto recebê-la.
Seja sempre bem-vinda.
Abraço amigo.
Juvenal Nunes
Sinto o mesmo muita vez - desavença comigo próprio.
ResponderEliminarAbraço, boa semana
Mesmo que isso aconteça, não deixa de ser bom sinal, pois significa que temos consciência de nós próprios.
EliminarAbraço e continuação de boa semana.
Juvenal Nunes
Um poema muito belo de Sá de Miranda, o organizador do Cancioneiro Geral. Não podemos esquecê-lo.
ResponderEliminarUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Agradeço a visita e o apreço pelo poema de Sá de Miranda.
EliminarAbraço amigo e continuação de boa semana.
Juvenal Nunes
Gostei muito do poema, eu mesma por vezes me sinto assim!
ResponderEliminarBoa semana!
marisasclosetblog.com
É sempre um gosto recebê-la. A sua observação remete-nos para a angústia da existencialidade da pessoa humana.
EliminarAbraço de amizade.
Juvenal Nunes
Obrigado por dar a conhecer!!! 👏👏👏
ResponderEliminarAgradeço a sua visita e apreço demonstrados.
EliminarVolte sempre.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
"Não posso viver comigo
ResponderEliminarNem posso fugir de mim."
entre os nosssos poetas "modernistas". quem diria melhor?
abraço poéticos
Obrigado pela presença e pertinente destaque.
EliminarAbraço amigo.
Juvenal Nunes
Riquíssima, Poesia Palaciana de Sá de Miranda!!! Gostei muito de conhecer!
ResponderEliminarDestas, que mostram tanto as aflições humanas, dos contraditórios, que nos tangem a alma, vezes ou outra na vida.
Doce dia, Juvenal, um abraço
Valéria
Agradeço a sua presença e o conclusão que reflete a preocupação do autor.
EliminarAbraço amigo.
Juvenal Nunes
Olá, amigo Juvenal.
ResponderEliminarPassando por aqui, relendo este excelente poema palaciano, de Sá de Miranda, e desejar um feliz dia.
Abraço amigo.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Obrigado pela presença e comentário de apoio.
ResponderEliminarAbraço amigo.
Juvenal Nunes
Seja sempre bem-vindo.
ResponderEliminarAbraço amigo.
Juvenal Nunes
"Comigo me desavim"
ResponderEliminarQuantas vezes não nos sentimos assim!
Sá de Miranda belíssimo representante da Poesia Palaciana.
Muito aprecio as suas publicações, trazendo até nós este género
grandemente esquecido entre nós.
Obrigada, meu amigo.
Abraço
Olinda
Obrigado pela sua presença e palas palavras de elogio que funcionam como um bom incentivo.
EliminarAbraço de amizade.
Juvenal Nunes
Olá, Juvenal, vim falar sobre o comentário que fez no blog Manoel de Barros, que "o tempo nos desgasta e envelhece". Pode ser, mas e a alma? Se existe, pode ser imortal... Um abraço e bom fim de semana.
ResponderEliminarMesmo que imortal a alma não está isenta de sofrimento, também ele desgastante.
ResponderEliminarÉ sempre bom recebê-la e à sua interessada intervenção.
Volte sempre.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
Juvenal Nunes
A guerra dos contrários dentro do mesmo homem.
ResponderEliminarAbraço
Agradeço a presença e assertivo comentário.
EliminarVolte sempre.
Abraço amigo.
Juvenal Nunes
Também aprecio muito Sá de Miranda.
ResponderEliminarAbraço, bom fim de semana
Obrigado pela visita e apoio demonstrado.
EliminarAbraço e continuação de bom fim de semana.
Juvenal Nunes
Olá, amigo Juvenal.
ResponderEliminarPassando por aqui, relendo este excelente de Sá de Miranda, e desejar um feliz fim de semana.
Abraço amigo.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Seja sempre bem-vindo.
EliminarContinuação de bom fim de semana.
Abraço poético.
Juvenal Nunes
That is intriguing. Have a good weekend.
ResponderEliminarIntriguing, but well thought, I guess.
EliminarContinuation of a good weekend.
Poetic greetings.
Juvenal Nunes
Um nome a sublinhar na história da literatura portuguesa.
ResponderEliminarBoa recordação, Juvenal
Concordo em absoluto.
EliminarAbraço amigo.
Juvenal Nunes
Relendo reafirmo as opiniões manifestas.
ResponderEliminarAbraço
SOL da Esteva
Obrigado pela presença.
ResponderEliminarNada a objetar.
Abraço de poética amizade.
Juvenal Nunes
Inquietudes da alma... que atravessam os tempos...
ResponderEliminarUm poema... com uma assombrosa actualidade!
Grata por mais uma formidável partilha, deste género de poesia, que é sempre um gosto imenso, descobrir por aqui!
Um grande abraço!
Ana
Não conhecia e achei muito interessante e bem urdido...
ResponderEliminarGlória eterna a Sá de Miranda, o pai do soneto em Língua Portuguesa!...
Foi um prazer passear pelos seus canteiros. Abraço, Juvenal.
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