POETAS DE PARABÉNS
BRANQUINHO DA FONSECA
Sonho da Rosa
Se me recordas entristeço e faço
porque o teu vulto sensual me esqueça
e o teu olhar, a tua boca, e essa
graça de graça que tu pões no passo.
porque o teu vulto sensual me esqueça
e o teu olhar, a tua boca, e essa
graça de graça que tu pões no passo.
Sonho-fumo esgarçando-se no espaço-
nas mãos em concha amparo-te a cabeça,
e sem que a minha boca desfaleça
beijo-te a boca e cinge-te o meu braço.
nas mãos em concha amparo-te a cabeça,
e sem que a minha boca desfaleça
beijo-te a boca e cinge-te o meu braço.
Já, no jardim deserto da tristeza,
vens aos meus olhos como a luz acesa
que uma penumbra dolorida apaga...
vens aos meus olhos como a luz acesa
que uma penumbra dolorida apaga...
Vai-se
extinguindo o meu desejo... Olha:
tu foste a rosa que ao abrir se esfolha,
nuvem perdida que no céu divaga...
tu foste a rosa que ao abrir se esfolha,
nuvem perdida que no céu divaga...
O dia 4 de maio celebra a data de nascimento de Branquinho da Fonseca.
Também usou o pseudónimo literário de António Madeira.
Olá, J.
ResponderEliminarQue belo soneto nos trazes de Branquinho da Fonseca, que foi 1º tenor no Orfeâo Académico de Coimbra.
Ele teve um «sonho» maravilhoso e tu resolveste partilhá-lo com os teus seguidores. Obrigada, porque creio que não é um dos nomes estudados nas Escolas.
Beijinho
Mana
Agradeço a riqueza dos teus comentários, pelo conhecimento que acrescentam acerca dos poetas apresentados.
EliminarSaudações poéticas,
Juvenal Nunes