POETAS MEDIEVAIS
JOÃO GARCIA DE GUILHADE
A bõa dona por que eu trobava,
e que nom dava nulha rem por mi,
pero s´ela de mi rem nom pagava,
sofrendo coita sempre a servi,
e ora já por ela ´insandeci,
e dá por mi bem quanto x´ante dava.
E pero x´ela com bom prez estava
e com |tam| bom parecer, qual lh´eu vi,
e lhi sempre com meu trobar pesava,
trobei eu tant´e a servi
que já por ela lum´e sem perdi;
e anda -x´ela por qual x´ant´andava:
por de bom prez; e muito se preçava,
e dereit´é de sempr´andar assi;
ca, se lh´alguém na mia coita falava,
sol nom oía, nem tornava i;
pero, por coita grande que sofri,
oimais hei dela quant´haver cuidava:
sandec´e morte, que busquei sempr´i,
e seu amor me deu quant´eu buscava!
Foram-lhe reconhecidos méritos na mestria poética, sendo que algumas
das suas produções denotam uma acento brejeiro.
Olá, J.
ResponderEliminarEste é o terceiro blogue que visito e não consigo comentar.
ResponderEliminarAgora, nem sei o que fiz, e lá ficou a minha saudação!
Bela cantiga escolheste!Bem hajas.
Às vezes, o Amor não é correspondido!
Um beijinho
Mana