POESIA PALACIANA
A poesia palaciana representa a segunda fase da poesia portuguesa, na história da nossa
literatura.
A designação de palaciana deve-se ao facto de ser declamada pelos nobres, nos serões
palacianos.
O seu início encontra-se associado ao declínio da ação dos jograis e à nomeação de
Fernão Lopes, em 1418, para chefe dos arquivos do Estado.
A poesia palaciana refletia a visão do mundo dos nobres. A mulher não era tão idealizada
como no trovadorismo e o amor é apresentado de uma forma mais sensual.
Esta poesia também sofreu alterações no seu aspeto formal. A sua escrita obedecia a métrica,
feita em redondilhas maiores e menores. Tinha mais ritmo e expressividade, muitas vezes
a partir de um mote, que se desenvolvia em glosa.
Um dos seus principais cultores foi João Roiz de Castelo Branco, que dedicou este poema a
literatura.
A designação de palaciana deve-se ao facto de ser declamada pelos nobres, nos serões
palacianos.
O seu início encontra-se associado ao declínio da ação dos jograis e à nomeação de
Fernão Lopes, em 1418, para chefe dos arquivos do Estado.
A poesia palaciana refletia a visão do mundo dos nobres. A mulher não era tão idealizada
como no trovadorismo e o amor é apresentado de uma forma mais sensual.
Esta poesia também sofreu alterações no seu aspeto formal. A sua escrita obedecia a métrica,
feita em redondilhas maiores e menores. Tinha mais ritmo e expressividade, muitas vezes
a partir de um mote, que se desenvolvia em glosa.
Um dos seus principais cultores foi João Roiz de Castelo Branco, que dedicou este poema a
uma dama da corte.
Cantiga sua Partindo-se
Senhora, partem tão tristes
meus olhos por vós, meu bem,
que nunca tão tristes vistes
outros nenhuns por ninguém.
Tão tristes, tão saudosos,
tão doentes da partida,
tão cansados, tão chorosos,
da morte mais desejosos
cem mil vezes que da vida.
Partem tão tristes os tristes,
tão fora d’esperar bem,
que nunca tão tristes vistes
outros nenhuns por ninguém.
meus olhos por vós, meu bem,
que nunca tão tristes vistes
outros nenhuns por ninguém.
tão doentes da partida,
tão cansados, tão chorosos,
da morte mais desejosos
cem mil vezes que da vida.
Partem tão tristes os tristes,
tão fora d’esperar bem,
que nunca tão tristes vistes
outros nenhuns por ninguém.
João Roiz de Castelo Branco
João Roiz de Castelo Branco foi fidalgo da Casa Real, militar no Norte de África e poeta.
Integrou as cortes de D. Manuel I e D. João III.
O poema aqui publicado faz parte integrante do disco Fado Português, cantado pela fadista Amália Rodrigues.
Integrou as cortes de D. Manuel I e D. João III.
O poema aqui publicado faz parte integrante do disco Fado Português, cantado pela fadista Amália Rodrigues.
Un articolo intenso, e molto interessante, correedato da versi molto malinconici..
ResponderEliminarBuona domenica e un saluto,silvia
Agradeço a sua visita e a simpatia do comentário.
EliminarSeja sempre bem-vinda.
Saudações poéticas.
Juvenal Nunes
Interesante esta entrada, Juvenal.
ResponderEliminarFeliz tarde.
Besos.
Agradeço a importância da sua visita e o comentário de apreço.
EliminarSaudações poéticas.
Juvenal Nunes
Gostei muito de sua postagem, Juvenal. Os versos dele que escolheu são muito belos.
ResponderEliminarObrigado pela sua simpatia.
EliminarAbraço poético.
Juvenal Nunes
Es cierto, no se ama dos veces de la misma forma ni a nadie antes o después igual...
ResponderEliminarAbrazo grande. Gracias siempre por desasnarme en poesía portuguesa.
É sempre um gosto receber a sua interessada visita, com a capacidade de apreciação do conteúdo publicado.
EliminarGrande abraço.
Juvenal Nunes
Boa noite de domingo, Juvenal!
ResponderEliminarInteressante sua introdução dos estilos poeticos.
Sempre os esclarecimentos seus atentan para particularidades da poesia na época própria.
Versos tristes... O poeta passa bem o sentir melancólico.
Tenha uma nova semana abençoada!
Abraços fraternos
*atentam, desculpe-me
EliminarMuito obrigada, Juvenal.
Abraços fraternos
Agradeço a sua visita e o comentário, que revela a atenção que dispensou acerca do assunto.
ResponderEliminarFraterno abraço de amizade.
Juvenal Nunes
Este poema de João Roiz de Castelo Branco é um dos mais bonitos da poesia de amor portuguesa. Gostei imenso de o reler aqui.
ResponderEliminarUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Estou muito grato pela sua visita e concordo plenamente com o seu comentário.
EliminarSaudações poéticas.
Juvenal Nunes
Hola Juvenal, si te soy sincera no conocía a este poeta pero el poema es muy bello. Gracias por traerlo amigo.
ResponderEliminarAbrazos.
Estou satisfeito pela sua visita e por ter contribuído para a divulgação de um grande poeta e de um dos sues mais belos poemas.
EliminarSaudações poéticas.
Juvenal Nunes
Interessante ler sobre os tempos idos dos palácios e a poesia fazendo parte de modo tão bonita.
ResponderEliminarEra uma época que a poesia fazia parte dos saraus literários.
Gostei muito, Juvenal. Obrigada da visita.
Vou levar o link para voltar as suas Palavras Aladas.
abraço
Foi com muito gosto que verifiquei a sua simpatia e apreço.
EliminarSeja sempre bem-vinda.
Abraço poético.
Juvenal Nunes
Lindo poema! É, realmente, os versos do cancioneiro ibero-português eram musicado ao som da lira. Parabéns pela bela postagem! Abraço! Laerte.
ResponderEliminarFoi um gosto receber a sua visita e a simpatia das suas palavras de apreço.
EliminarAbraço poético.
Juvenal Nunes
Es muy interesante lo que nos enseñas. Muy bonito el poema elegido. Un abrazo afectuoso!
ResponderEliminarSinto-me agradado por ter contribuído para a sua satisfação.
EliminarVolte sempre.
Juvenal Nunes
Obrigado pela sua visita e comentário de apreço.
ResponderEliminarVolte sempre.
Juvenal Nunes
Belíssimos estes versos!
ResponderEliminarAbraço
É bom saber que apreciou.
EliminarAbraço poético.
Juvenal Nunes
Bom dia, Juvenal
ResponderEliminarApreciei este seu texto sobre a Poesia Palaciana, ilustrando-o
com o belíssimo poema de João Roiz de Castelo Branco.
Excelente divulgação.
Abraço
Olinda
As palavras do seu comentário vêm de encontro a alguns dos objetivos que tracei para a orientação deste blog. Agradeço a sua visita e volte sempre.
EliminarSaudações poéticas.
Juvenal Nunes
Uma época da história, marcada por tanta rudeza, instabilidade, conflitos, ambições... pelo que é absolutamente fascinante, descobrir este outro lado da sociedade da época, de pura sensibilidade e delicadeza, através da poesia palaciana!
ResponderEliminarComo sempre uma notável partilha, que foi um gosto imenso, descobrir, por aqui!
Um grande abraço! Continuação de uma excelente semana!
Ana
Ola, que tal!
ResponderEliminarBoa noite Juvenal!
achei esta informacao e
a pintura prerrafaelita muito interessantes
Beijos ✧━━•❅༺༻❅•━━✧