POETAS DE PARABÉNS
ALEXANDRE O`NEILL
O Beijo
Congresso
de gaivotas neste céu
Como uma tampa azul cobrindo o Tejo.
Querela de aves, pios, escarcéu.
Ainda palpitante voa um beijo.
Donde teria vindo! (Não é meu…)
De algum quarto perdido no desejo?
De algum jovem amor que recebeu
Mandado de captura ou de despejo?
É uma ave estranha: colorida,
Vai batendo como a própria vida,
Um coração vermelho pelo ar.
E é a força sem fim de duas bocas,
De duas bocas que se juntam, loucas!
De inveja as gaivotas a gritar.
Alexandre
O’Neill
a 19 de dezembro de 1924 e faleceu na mesma cidade em 21 de agosto de 1986.
Notabilizou-se como poeta tendo ajudado a dar corpo ao movimento surrealista português.
Politicamente insurgiu-se conta a política do Estado Novo tendo chegado a ser preso pela PIDE.
A sua obra literária valeu-lhe, a título póstumo, ter sido agraciado como Grande-Oficial da Antiga, Nobolíssima e Esclarecida Ordem Militar de Santiago da Espada, do Mérito Científico, Literário e Artístico.
Notabilizou-se como poeta tendo ajudado a dar corpo ao movimento surrealista português.
Politicamente insurgiu-se conta a política do Estado Novo tendo chegado a ser preso pela PIDE.
A sua obra literária valeu-lhe, a título póstumo, ter sido agraciado como Grande-Oficial da Antiga, Nobolíssima e Esclarecida Ordem Militar de Santiago da Espada, do Mérito Científico, Literário e Artístico.

Bellissima poesia, grazie per averla condivisa
ResponderEliminarJuvenal:
ResponderEliminargosto dessa ideia de um beijo como un pássaro.
Quem tirara o beijo?
Abraço.
Me ha encantado Juvenal, gracias.
ResponderEliminarAbrazos.