POETAS DE PARABÉNS
ANTÓNIO FEIJÓ
Soneto de amor da hora triste
Quando eu morrer - e hei-de morrer primeiro
Do que tu - não deixes fechar-me os olhos
Meu Amor. Continua a espelhar-te nos meus olhos
E ver-te-ás de corpo inteiro
Do que tu - não deixes fechar-me os olhos
Meu Amor. Continua a espelhar-te nos meus olhos
E ver-te-ás de corpo inteiro
Como quando sorrias no meu colo.
E, ao veres que tenho toda a tua imagem
Dentro de mim, se, então, tiveres coragem,
Fecha-me os olhos com um beijo.Eu, Marco Pólo,
E, ao veres que tenho toda a tua imagem
Dentro de mim, se, então, tiveres coragem,
Fecha-me os olhos com um beijo.Eu, Marco Pólo,
Farei a nebulosa travessia
E o rastro da minha barca
Segui-lo-ás em pensamento. Abarca
E o rastro da minha barca
Segui-lo-ás em pensamento. Abarca
Nele o mar inteiro, o porto, a ria...
E, se me vires chegar ao cais dos céus,
Ver-me-ás, debruçado sobre as ondas, para dizer-te adeus.
E, se me vires chegar ao cais dos céus,
Ver-me-ás, debruçado sobre as ondas, para dizer-te adeus.
António Feijó viu a luz do dia em 1 de junho de 1859
Olá, J.
ResponderEliminarMais um belo soneto de um diplomata que morre de amor. E morre porque, ao contrário do que escreve na 1º quadra, a sua bela esposa morre antes dele.
Denota-se, ao longo de todo o soneto, o Amor que lhe dedicava, pelo que não resistiu à sua perda.
O soneto é lindíssimo, pleno de romantismo e é mais um exemplo da sua escrita que incidia sobre Amor e Morte.
Obrigada pela divulgação.
Um beijinho
Mana