Carnaval
Nas ruas há foliões
Com máscaras, fantasias,
Há no ar muitos balões
E o som de melodias.
Os desfiles dos cortejos,
Tsunamis de animação,
Trazem ondas de desejos,
Mar alto de reinação.
Corpos vestidos de cor
São imagens de alegria,
Em requebros de vigor
Dão mais calor à folia.
Nas marchas, num desafogo,
Ao ritmo que o povo quer,
A nudez duma mulher
É vestido cor de fogo
Com que veste o arraial,
No samba do Carnaval.
Juvenal Nunes
A poesia inflama a alma do poeta, e este desbrava o sentido do pensamento, arquitectando a realização poética. Ainda que desconhecendo o chão do poema, liberta-se de grilhetas e torna exequível o algodão do sonho que se espraia na senda tangível da essência extralinguística.
ResponderEliminarÉ assim a dinâmica do poema que tão bem se reflecte na conjunção constante donde transita o verso de Juvenal Nunes.
Parabéns ao bardo.
Agradeço a atenção do comentário e o empenho dedicado na sua análise.
ResponderEliminarSaudações bárdicas.
Juvenal Nunes
Olá, J.
ResponderEliminarGostei imenso deste poema: tem muito ritmo, tal como o exige o Carnaval.
Por momentos, fechei os olhos e imaginei os versos dançados por uma sambista.
Uma perfeita descrição, quer do que se vê nos desfiles, quer do que se «adivinha», principalmente tratando-se do Carnaval brasileiro, conforme a fotografia sugere.
Julgo ter sido tirada no Sambódromo do Rio, não?
Um beijinho
Mana
Obrigado pela visita e apreço do comentário.
ResponderEliminarEu nunca estive no Rio de Janeiro, mas a imagem é ilustrativa do Carnaval do Brasil.
Fraterna saudação poética,
Juvenal Nunes