POETAS DE PARABÉNS
AUGUSTO CASIMIRO
Do Primeiro Regresso
Escuta, meu Amor, quando eu voltar
De tão longe, e avistar de novo o Tejo,
O meu Restelo que em saudades vejo
Como outra nova Índia a conquistar;
Quando a minha alma inquieta sossegar
Este voo indomável, num adejo,
E o amor e o céu e Deus, vivos num beijo,
Iluminarem todo o nosso lar;
Quando, meu Santo Amor, voltar o dia
Do primeiro regresso, e a aleluia
Madrugar tua alma anoitecida...
Hás-de embalar-me sobre o teu regaço
Arrolar, encantar o meu cansaço...
E então será o meu regresso à Vida!
De tão longe, e avistar de novo o Tejo,
O meu Restelo que em saudades vejo
Como outra nova Índia a conquistar;
Quando a minha alma inquieta sossegar
Este voo indomável, num adejo,
E o amor e o céu e Deus, vivos num beijo,
Iluminarem todo o nosso lar;
Quando, meu Santo Amor, voltar o dia
Do primeiro regresso, e a aleluia
Madrugar tua alma anoitecida...
Hás-de embalar-me sobre o teu regaço
Arrolar, encantar o meu cansaço...
E então será o meu regresso à Vida!
Augusto Casimiro nasceu em 11 de maio de 1889
Olá, J.
ResponderEliminarNem se entende o motivo pelo qual um homem destes é considerado um poeta de segundo plano!
Em função da sua carreira militar, viajou para longe, lutando sempre pelos seus ideais, o que o levou até a ser deportado para Cabo Verde.
Este belo soneto, que confesso não saber em que altura da vida dele terá sido escrito, denota:
- cansaço, pois era uma pessoa muito activa-militar, poeta e prosador, com vasta obra;
- saudades, da sua terra e da sua amada.
- desalento, quando diz«E então será o meu regresso à Vida!».
Obrigada por publicitares esta grande figura portuguesa.
Um beijinho
Mana