A NOVA ARCÁDIA
NICOLAU TOLENTINO
Sátira aos Penteados Altos
Chaves na mão, melena desgrenhada,
Batendo o pé na casa, a mãe ordena
Que o furtado colchão, fofo e de pena,
A filha o ponha ali ou a criada.
A filha, moça esbelta e aperaltada,
Lhe diz coa doce voz que o ar serena:
- «Sumiu-se-lhe um colchão? É forte pena;
Olhe não fique a casa arruinada...»
- «Tu respondes assim? Tu zombas disto?
Tu cuidas que, por ter pai embarcado,
Já a mãe não tem mãos?» E, dizendo isto,
Arremete-lhe à cara e ao penteado.
Eis senão quando (caso nunca visto!)
Sai-lhe o colchão de dentro do toucado!...
Nicolau Tolentino
1740 e faleceu, na mesma cidade, em 23 de junho de 1811.
Foi uma figura de relevo da Nova Arcádia e, enquanto poeta, os seus textos imbuíram--se de uma vertente fortemente satírica, de cariz faceto, como se faz prova pelo soneto apresentado.
Foi uma figura de relevo da Nova Arcádia e, enquanto poeta, os seus textos imbuíram--se de uma vertente fortemente satírica, de cariz faceto, como se faz prova pelo soneto apresentado.
Soneto lindo, fascinante de ler.
ResponderEliminarFeliz fim de semana
Fico grato com a sua presença e o correspondente comentário de apreço.
EliminarAbraço poético.
Juvenal Nunes
No lo conocía pero me gusto mucho ese poema. Te mando un beso.
ResponderEliminarContar a história da Poesia Portuguesa é uma forma de divulgar os bons poetas.
EliminarSeja sempre bem vindo.
Abraço amigo.
Juvenal Nunes
Interesante autor, y esa sátira soneto es una maravilla de creación sobre ese aspecto y ese tiempo.
ResponderEliminarGracias por traernos a este autor portugués.
Abrazo.
Feliz fin de semana para ti.
Agradeço a sua visita e o comentário de apreciação.
EliminarAbraço de amizade.
Juvenal Nunes
Una splendida condivisione poetica, che ho molto apprezzato nella sua peculiare lettura.
ResponderEliminarBuon fine settimana, silvia
Muito agradeço a sua presença e o elogioso comentário.
EliminarAbraço de amizade.
Juvenal Nunes
Olá, amigo Juvenal!
ResponderEliminarGosto muito do estio árcade e do lírico.
Olhei atrás sua sequência de alguns escritores e poetas árcades.
Escolhas esmeradas que dão gosto de se apreciar.
Tenha um final de semana abençoado!
Abraços fraternos
É sempre um gosto receber a sua visita e verificar o seu apoio e apreço pelas publicações feitas.
EliminarContinuação de bom fim de semana.
Abraço de fraterna amizade.
Juvenal Nunes
Um poeta inovador e notável na História da Literatura Portuguesa...
ResponderEliminarVenho desejar-lhe um domingo de mãe muito feliz...
Um abraço amigo.
~~~~~
Agradeço a sua visita e o comentário de apreço.
EliminarFaço votos de que usufrua de uma ótima semana.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
Se visse os penteados que para aí andam hoje em dia o que escreveria???
ResponderEliminarAbraço, boa semana
É sempre um gosto recebê-lo.
EliminarA sua observação é pertinente e faz todo o sentido.
Abraço de amizade, Pedro.
Juvenal Nunes
Beeemmm...lembro-me deste poema na Selecta Literária. Gosto-lhe da ironia fácil.
ResponderEliminarBoa semana, Juvenal
Sim, o poeta era estudado e suponho que hoje ainda o seja.
EliminarNicolau Tolentino reflete aqui um poder de observação perspicaz sobre a moda dos penteados, que satiriza com maestria.
Volte sempre.
Desejo uma ótima semana com muita saúde.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
Olá, amigo Juvenal,
ResponderEliminarMais uma excelente partilha aqui nos presenteia.
Um belíssimo soneto deste autor que desconhecia. Que, graças a esta excelente partilha, fiquei a conhecer um pouco mais.
Parabéns!
Votos de uma excelente semana.
Abraço amigo.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Obrigado, Mário, pela sua presença e globalidade do comentário de apreciação.
EliminarContinuação de boa semana.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
Soneto satírico e exagerado, como convém.
ResponderEliminarTambém nos anos 60 se usaram os penteados armados e quase tão ao alto quanto esses.
A minha irmã tinha uma amiga que colocava palha de aço por debaixo daquelas montanhas de cabelo enlacado. Nesse aspecto nunca fui de modas...:)
Irei tentar saber mais sobre este poeta que desconhecia.
Um abraço e uma boa semana, caro Juvenal.
É sempre um gosto recebê-la e o seu comentário é, também ele, enriquecedor.
EliminarContinuação de boa semana com muita saúde.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
Gracias por darnos a conocer a este autor. Un abrazo amigo.
ResponderEliminarObrigado pela presença e comentário de apoio e apreço.
EliminarAbraço de amizade.
Juvenal Nunes
Adoro este poema desde o Liceu.
ResponderEliminarPeço desculpa pelo reparo , mas a data de morte não é a correta.
Saudações amigas
Obrigado pela visita e comentário. O reparo que faz tem razão de ser e já procedi à sua correção.
EliminarSeja sempre bem vinda.
Saudações amigas.
Juvenal Nunes
Hola Juvenal, no soy para nada ducha en poesía, pero este soneto es de lo mas jocoso y satírico a la vez.
ResponderEliminarY acabo de apreciar que el autor lleva mi segundo apellido, Tolentino, buena coincidencia.
Un gusto conocer su espacio poético. Felices días.
Seja bem aparecida. A sua presença é simpática e o seu comentário é curioso pela coincidência do apelido. Obrigado pela apreciação de apoio e elogio à publicação e ao Palavras Aladas.
EliminarAbraço amigo.
Juvenal Nunes
Un soneto único, muy original, capaz de hacer humor fino con los peinados empinados. Un abrazo . CARLOS
ResponderEliminarObrigado pela presença e comentário de apoio e apreço.
EliminarAbraço de amizade.
Juvenal Nunes
Gostei de reler este poema.
ResponderEliminarAi do que me fez recordar!
Nos finais dos anos 60 e início da década de 70, eu usei penteados com um volume de ninho!
O cabelo era ripado e levava carradas de laca extra forte,
Depois penteava -se a parte de cima e ficava o "ninho" por baixo!
Estive a rever as minhas fotografias e ainda me ri...
Mas não estava mal de todo!
Mena
É um gosto recebê-la. De facto, todos os tempos têm as suas modas. A evocação que faz do seu tempo seria muito mais interessante se pudesse partilhar as fotos de que fala.
EliminarAbraço de amizade.
Juvenal Nunes
Bom dia, caro Juvenal
ResponderEliminarConheço Nicolau Tolentino de Almeida da escola, mas sem
nunca aprofundar a sua obra. Gostei muito de o encontrar
aqui na sua divulgação.
Abraço
Olinda
Curiosa poesia satírica. Uma pérola de humor! Um abraço, meu amigo!
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