POETAS DE PARABÉNS
JÚLIO DANTAS
A
LUPA
Quatro meses depois dessa
hora dolorida
voltei, já resignado e quase
sem rancor,
ao ninho onde viveu aquele
imenso amor
que foi o grande amor de toda
a minha vida.
Compreendi, então - quanta
imagem querida!-
que pode haver encanto e
doçura na dor:
um perfume - era o teu -
palpitava em redor;
dormia num sofá uma luva
esquecida.
Uma luva e um perfume: é o
que resta de ti,
dos beijos que te dei, do
inferno que sofri,
do teu mentido amor de juras
desleais.
Que fui eu, afinal, na tua
vida intensa?
O perfume que voa e em que
ninguém mais pensa,
a luva que se deixa e não se
calça mais…
Júlio Dantas
Júlio Dantas, algarvio natural de Lagos, nasceu a 19 de maio de 1876 e faleceu em Lísboa,
em 25 de maio de 1962.
Formou-se em Medicina e foi político e escritor. Nas letras espraiou o seu talento pela prosa, dramaturgia e poesia, área em que aqui é evocado.
Ora aqui está um exemplo de que nunca é tarde para aprender. Só hoje soube, com exactidão, o refrão que tanto trauteámos sem entender. Apesar de não sermos propriamente fãs de Tom Jones, a canção ouvia-se a torto e a direito e cantávamo-la em coro.
ResponderEliminarQuanto ao Dantas "Pim", à parte a embirração de alguns contemporâneos de que Almada pode ter sido o expoente, é bonito ter assim um perfume e uma luva para lembrar, factos que não são extensíveis ao universo dos amantes. Portanto, teve ainda sorte o senhor Dantas "Pim", ficou-lhe alguma coisa. E o tempo que esses pormenores lhe duraram na memória, quem sabe, foi o tempo do perfume se escoar e de o poema ser brisa a dissipá-los. É isto o humano viver, "sentir, sinta quem lê"..
Boa semana, Juvenal
A vida tem dessas coisas. Evocamos do passado factos e/ou sinais que nos reportam a situações vividas. Cada história tem a sua história.
EliminarObrigado pela visita e comentário.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
Magnifico poema de Júlio Dantas. O amor não tem tempo nem idade. Há sempre tempo para amar.
ResponderEliminarGostei muito desta excelente partilha, amigo Juvenal.
Votos de uma excelente semana!
Abraço amigo.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
O amor marca sempre a nossa vida e sem ele a vida não faz tanto sentido.
EliminarAgradeço a presença e comentário de apreciação.
Abraço amigo, Mário.
Juvenal Nunes
Un poema intenso e significativo, di un illustre autore, che ho letto con immenso piacere.
ResponderEliminarUn saluto,silvia
Agradeço a simpatia da sua vista e o comentário de apreço.
EliminarAbraço de amizade.
Juvenal Nunes
Um amor desencontrado neste poema de Júlio Dantas. Gostei de o encontrar aqui.
ResponderEliminarUma boa semana.
Um beijo.
Muito agradeço a sua presença e o comentário de apreço.
EliminarContinuação de boa semana com muita saúde.
Abraço amigo.
Juvenal Nunes
Poema encantador que gostei muito de ler.
ResponderEliminar*
Segunda feira abençoada por Amor e Paz.
*/*
É sempre um gosto recebê-la. Obrigado pelo comentário de positiva apreciação.
EliminarSeja sempre bem vinda.
Abraço de amizade, Mariete.
Juvenal Nunes
Un texto revelador del amor producto de veleidades. Un abrazo. Carlos
ResponderEliminarObrigado pela visita e comentário expresso.
EliminarAbraço de amizade.
Juvenal Nunes
Me encanto el poema . no conocía al autor. Te mando un beso. https://enamoradadelasletras.blogspot.com/
ResponderEliminarAgradeço a presença e o apreço revelado. Fico contente pela divulgação feita.
EliminarAbraço amigo.
Juvenal Nunes
Obrigado pela simpatia da sua presença e comentário de apoio.
ResponderEliminarAbraço amigo, Gracinha.
Juvenal Nunes
Um amor vivido, esquecido, lindo de se ler, Juvenal. Obrigada por partilhar adorei o ênfase à luva.
ResponderEliminarBeijinhos😁🤩😁Megy Maia
Obrigado pela simpática presença e comentário de positiva apreciação.
EliminarVolte sempre.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
El poema me ha gustado mucho. Besos.
ResponderEliminarObrigado pela simpática presença e comentário de apoio e apreço.
EliminarAbraço de amizade, Teresa.
Juvenal Nunes
Belo poema, que me tocou e cativou. Muito obrigado por compartilhar aqui este soneto! Abraço!
ResponderEliminarAgradeço a visita e saber que apreciou a publicação feita.
EliminarAbraço amigo.
Juvenal Nunes
É um poema verdadeiramente bonito e comovente. Expressa a dor, a resignação e a presença persistente do amor perdido. A imagem da luva esquecida e do perfume que ainda paira no ar evocam uma nostalgia profunda. Obrigado por compartilhar esse belo poema e por nos apresentar um pouco do talento de Júlio Dantas. Um abraço, Juvenal! 🤗
ResponderEliminarObrigado, Olavo, pela simpatia da visita e assertivo comentário.
EliminarAbraço amigo.
Juvenal Nunes
Bello y csutivante poema. Un abrazo
ResponderEliminarAgradeço a presença e o comentário de apreço.
EliminarAbraço de amizade.
Juvenal Nunes
Obrigado Juvenal por vir cumprimentar-me de um sítio muito bonito que é a costa duriense, que conheci naquelas viagens que os turistas gostam de fazer. A poesia que nos mostra talvez conte a história de um amor que já não existe.
ResponderEliminarSaudações da Argentina.
Fico muito grato com a sua visita, com a apreciação à poesia e com o facto de conhecer o Douro, que tem, de facto, uma paisagem única.
EliminarSempre bem vinda
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
Um escritor notável que deu nome à maior Escola Secundária de Lagos...
ResponderEliminarÉ um belo soneto que mereceu este destaque.
Saudações poéticas.
~~~~~~
Obrigado pela sua visita e pelo caloroso comentário expresso.
EliminarAbraço de amizade.
Juvenal Nunes