O PARNASIANISMO
GONÇALVES CRESPO
Soneto da Nudez
Há um misto de azul e trevas agitadas
Nesse felino olhar de lúbrica bacante.
Quando lhe cai aos pés a roupa flutuante,
Contemplo, mudo e absorto, as formas recatadas.
Nessa mulher esplende um poema deslumbrante
De volúpia e langor; em noites tresloucadas
Que suave não é nas rosas perfumadas
De seus lábios beber o aroma inebriante!
Fascina, quando a vejo à noite seminua,
Postas as mãos no seio, onde o desejo estua,
A boca descerrada, amortecido o olhar...
Fascina, mas sua alma é lodo, onde não pousa
Um raio dessa aurora, o amor, sublime cousa!
Raio de luz perdido em tormentoso mar!
Gonçalves Crespo
em 11 de março de 1846 e faleceu em Lisboa em 11 de junho de 1883.
É um lídimo representante da escola parnasiana da poesia portuguesa, porquanto teve que se natuaralizar para poder exercer a advocacia em Portugal.
Atingiu a notoriedade como poeta, após a sua morte, quando se publicaram as suas Obras
É um lídimo representante da escola parnasiana da poesia portuguesa, porquanto teve que se natuaralizar para poder exercer a advocacia em Portugal.
Atingiu a notoriedade como poeta, após a sua morte, quando se publicaram as suas Obras
Completas, prefaciadas por Teixeira de Queirós e Maria Amália Vaz de Carvalho, escritora
e poetisa que fora casado com o autor.
Absolutamente fabuloso Juvenal!
ResponderEliminarO Parnasianismo é o meu movimento literário preferido em razão da influência e tradição clássica.
As poesias são requintadas, sofisticadas e ao mesmo tempo delicadas.
Obrigada por trazer a história de António Cândido, um poeta que atravessou o tempo!!
Tenha uma ótima semana!! :))))
Una validissima condivisione di versi raffinati, molto apprezzati.
ResponderEliminarBuona settimana e un saluto