sexta-feira, 15 de agosto de 2025

 POEMAS POR TEMAS

VERÃO




Tema: Verão

As Amoras

O meu país sabe às amoras bravas
no verão.
Ninguém ignora que não é grande,
nem inteligente, nem elegante o meu país,
mas tem esta voz doce
de quem acorda cedo para cantar nas silvas.
Raramente falei do meu país, talvez
nem goste dele, mas quando um amigo
me traz amoras bravas
os seus muros parecem-me brancos,
reparo que também no meu país o céu é azul.

Eugénio de Andrade






          Eugénio de Andrade nasceu no Fundão em em 19 de janeiro de 1923 e faleceu no Porto 
em 13 de junho de 2005.
        Durante vários anos fui seu vizinho e via-o frequentemente na sua rotina diária.
        Veio viver para o Porto por razões profissionais e nessa cidade se fixou e envolveu. No
Jardim de S. Lázaro gostava de apreciar, na época própria, os jacarandás floridos.
        A sua obra valeu-lhe a atribuição de diversos prémios literários entre os quais o Prémio
Camões.

7 comentários :

  1. Sin duda tuvo que ser un gran poeta. Murió joven pero dejó como legado sus letras. Gracias por compartirlo Juvenal. Un abrazo

    ResponderEliminar
  2. Lindo poema de Eugénio de Andrade.
    Obrigado por compartilhar, Juvenal!
    Abraço de amizade.

    ResponderEliminar
  3. Qué hermoso regalo nos haces, Juvenal, al compartir este poema de Eugénio de Andrade. "Mi país sabe a moras en verano", qué imagen tan delicada y poderosa.
    Andrade tenía el don de convertir lo cotidiano en poesía pura, y este texto lo demuestra con esa mezcla de ternura y melancolía que tanto lo caracteriza.
    Gracias por recordarnos que, a veces, basta una mora para reconciliarnos con el mundo.
    Un fuerte abrazo

    ResponderEliminar
  4. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar
  5. Disculpa, corregí un error inexistente.

    ResponderEliminar
  6. Una delicia de poema. Gracias por traerlo.
    Un abrazo amistoso.

    ResponderEliminar
  7. Publiquei a POESIA de VERÃO Eugénio de Andrade "O Outro Nome da Terra" no dia 9 de Julho de 2012 no ematejoca azul. Adorei encontrar aqui esse delicioso poema do poeta português que viveu na minha cidade e lá morreu. Assisti na Casa da Música a uma homenagem após a sua morte.

    Como eu gostava de agora estar aí a comer amoras e a olhar para o céu azul, mesmo que ao longe, visse os campos a arder 🔥

    Abraço amigo da aldeia do Düssel, desejando-lhe um fantástico fim de semana.

    ResponderEliminar