O SIMBOLISMO
ALBERTO OSÓRIO DE CASTRO
A SÚPLICA DA MÚMIA
Em Antínoë morri nova e linda. As sereias
Invejariam, sei, meu colo de mulher.
Minha pele espirava o aroma de hacopher
Meu cabelo enleava embruxadas cadeias.
Quem meus beijos provou não quisera morrer.
Quando eu passava engrinaldada de ninfeias
O desejo no olhar dos homens e em suas veias
Era uma flor eternamente a eflorescer.
E este ventre fendido e que te causa horror,
Viandante! já foi uma rosa de amor,
Mais rósea que o revoar de íbis róseos em bando.
Deixa esperar na sombra a minha múmia escura,
E hoje de mim só lembra esta viva pintura.
Meu olhar assim foi, inebriante e brando.
Alberto Osório de Castro é o nome de um político e poeta português nascido em Coimbra
em 1 de março de 1868 e falecido em Lisboa em 1 de janeiro de 1946.
Como político foi ministro da justiça no governo de Sidónio Pais. Como poeta integrou a
corrente simbolista, tendo evoluído, posteriormente, para um formalismo de sabor parnasiano.
Invejariam, sei, meu colo de mulher.
Minha pele espirava o aroma de hacopher
Meu cabelo enleava embruxadas cadeias.
Quem meus beijos provou não quisera morrer.
Quando eu passava engrinaldada de ninfeias
O desejo no olhar dos homens e em suas veias
Era uma flor eternamente a eflorescer.
E este ventre fendido e que te causa horror,
Viandante! já foi uma rosa de amor,
Mais rósea que o revoar de íbis róseos em bando.
Deixa esperar na sombra a minha múmia escura,
E hoje de mim só lembra esta viva pintura.
Meu olhar assim foi, inebriante e brando.
Alberto Osório de Castro
Alberto Osório de Castro é o nome de um político e poeta português nascido em Coimbra
em 1 de março de 1868 e falecido em Lisboa em 1 de janeiro de 1946.
Como político foi ministro da justiça no governo de Sidónio Pais. Como poeta integrou a
corrente simbolista, tendo evoluído, posteriormente, para um formalismo de sabor parnasiano.


Una muerte joven siempre produce tristeza, muere la persona y todas las posibilidades que no tuvo tiempo de concretar...
ResponderEliminarNinguém escapa a esse fatal destino, mas há sempre a esperança de viver o mais tempo possível.
EliminarContinuação de boa semana.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
Interesting poem, Juvenal.
ResponderEliminarObrigado pela presença e comentário expresso.
EliminarContinuação de boa semana.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
🌷Bon mercredi !Mon Amigo🌷 Que ce jour soit remplie de joie.🌷 Un petit passage pour te souhaiter une jolie journée ! J'espère qu'elle t'apportera plein de sourires et de belles surprises.🌷
ResponderEliminar🌷Gros bisous de l'amitié🌷
🌷ton amie Scarleen🌷
Fico grato, Scarleen, com a sua amável visita e com todos os votos que formula, os quais retribuo de forma sincera.
EliminarDesejo a continuação de uma semana muito feliz.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
Bom.dia de Paz, amigo Juvenal!
ResponderEliminarHá pessoas que gostariamos de conservar como 'múmias' de tão boas que são.
Poetas dinamizam em palavras todo tipo de coisas e sentimentos.
Tenha dias abençoados!
Abraços fraternos
E verdade, na impossibilidade de conservarmos o ente físico, conservamos a sua memória e a sua saudade.
EliminarSeja sempre bem vinda.
Abraço de fraterna amizade.
Juvenal Nunes
Interesting poem, and personal introduction. Have a nice day.
ResponderEliminarObrigado pela estimável visita e comentário de apoio e apreço.
EliminarDesejo que a semana continue a decorrer à medida dos seus desejos.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
Un lamento sensuale, e malinconico, in cui la bellezza perduta della mummia rivendica, oltre la morte, la memoria del suo splendore terreno.
ResponderEliminarOttima condivisione, buona giornata
Um poema que é uma saudade dos bons tempos passados, tempos que a morte ceifa e não permite que voltem mais.
EliminarVolte sempre que queira.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
Un bonito poema el cual me encanto.
ResponderEliminarSaludos.
Agradeço a simpática visita e o comentário de apreço.
EliminarBom fim de semana.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
Este poema de Alberto Osório de Castro nos recuerda cómo la belleza y la memoria pueden sobrevivir incluso a la muerte. La voz de la “múmia” es un símbolo de lo que permanece: la huella de lo vivido, el encanto que no se borra con el tiempo. Gracias, Juvenal, por traer a la luz estas palabras que nos invitan a mirar más allá de lo efímero y a valorar lo que nunca se pierde: la poesía.
ResponderEliminarUn fuerte abrazo.
Agradeço a sua visita e o seu sábio comentário de apreciação.
EliminarSeja sempre bem vindo.
Bom fim de semana.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
Me ha fascinado descubrir esta pieza, que destila un simbolismo profundo y una sensibilidad única, típica del movimiento al que perteneció el poeta. Tu presentación es un regalo para los amantes de la poesía y la cultura portuguesa. El poema me transporta directamente a esa atmósfera mística y melancólica que el simbolismo tanto cultivaba. La voz de la momia, que narra su juventud y belleza perdidas en Antinoë, con imágenes tan potentes como "mi piel exudaba olor a mapache" o "mi cabello se enredaba en cadenas hechizadas", crea un contraste fascinante entre la vida vibrante y la eternidad sombría.
ResponderEliminarAbrazos, Juvenal.
Miguel
Fico grato com a sua visita e com o bem ponderado comentário de apreciação.
EliminarVolte sempre que queira.
Bom fim de semana.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
Death may signal the end of the physical body yet the influence of life lives on.
ResponderEliminarAntes da morte, também o tempo vai alertando o homem para a sua inevitável finitude.
EliminarÉ assim a vida e nada podemos fazer para eternizar a nossa presença física.
Bom fim de semana.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
Un destino inevitable al que nos gustaría eludir. Bellos y sentidos versos los de este poeta. Saludos
ResponderEliminarSem dúvida, o poema reflete sobre a inevitalidade da decadência física do ser humano.
EliminarÉ sempre um gosto recebê-la.
Bom fim de semana.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
Ich finde dieses Gedicht beeindruckend, diese Mischung aus Stolz, Erinnerung und stillem Schmerz. Die Mumie spricht wie jemand, der trotz Verfall noch die ganze Würde des Lebens in sich trägt. Sehr herzlichen Dank für diesen besonderen Text.
ResponderEliminarSeja bem aparecido. Fico grato com a sua visita e com todo o comentário de apreço.
EliminarBom fim de semana com tudo de bom.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
bonsoir
ResponderEliminarjoli poème exqui
bonne soirée
Amitié
Agradeço a sua presença e apreciação.
EliminarAbraço de amizade.
Juvenal Nunes
Muy buen poema, gracias por darlo a conocer.
ResponderEliminarUn fuerte abrazo.
Muito obrigado pela amável presença e apreciação expressa.
EliminarBom fim de semana.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
Lindo poema. Me gusto mucho
ResponderEliminarObrigado pela visita e comentário de apreciação.
EliminarBom fim de semana.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
When I die, even if I don't become a mummy, no one will remember me...
ResponderEliminarTodos nós temos sempre alguém que se importa connosco.
EliminarA morte, contudo, é implacável e tira-nos do nosso normal ciclo do dia a dia.
Bom fim de semana.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
A conhecer aqui este meu conterrâneo.
ResponderEliminarAbraço
Coimbra também foi, e deve continuar a ser, berço de filhos ilustres.
EliminarBom fim de semana com muita saúde.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
Obrigada por dar a conhecer! 👏😘
ResponderEliminarFico grato com a sua visita e com a aprovação expressa.
EliminarBom fim de semana.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
Morir joven no es lo esperable. Pero...¡el destino está escrito!
ResponderEliminarY, tal parece, ese mujer momificada tenía una vida bastante intensa.
Mucho simbolismo encierra este poema. Esa súplica de la momia tiene imágenes muy potentes.
Muy interesante el poema que nos compartes Juvenal.
Gracias.
Va mi abrazo
Fico agradado coma sua gentil visita e com as considerações tecidas no comentário.
EliminarVolte sempre que queira.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
¡¡Hola!! Bonito poema que no conocía y muy curioso, visto desde el punto de una momia. Y la vida que habrá detrás de cada una de ellas, las historias no contadas. Aunque esta momia murió joven, ha pasado a la historia y es eterna. Besitos.
ResponderEliminarÉ verdade, uma múmia que quis sair do anonimato para contar as suas inquietações post-mortem.
EliminarQuantos desabafos estarão sepultados sem qe ninguém lhes dê voz!
Continuação de bom fim de semana.
Abaço de amizade.
Juvenal Nunes
Palavras que atravessam o tempo… é impressionante, Juvenal! Um abraço! 😊
ResponderEliminarSim, algo que nos obriga a pensar e que resulta da passagem do tempo sobre a massa física do ser humano.
EliminarContinuação de bom fim de semana.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
Una poesia dal sapore nostalgico
ResponderEliminarAgradeço a presença e o comentário expresso.
EliminarAproveite bem a continuação do fim de semana.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
the death leaving a fragrance of love beautiful poem and love the song as well
ResponderEliminarA morte interrompe a vida, mas não as reflexões que possamos fazer sobre ela.
EliminarContinuação de bom fim de semana.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
Buena lección. Un abrazo!
ResponderEliminarFico grato com a sua presença e comentário de apreciação.
EliminarAbraço de amizade.
Juvenal Nnes
"[...]morri nova e linda. As sereias
ResponderEliminarInvejariam, sei, meu colo de mulher.[....]"
E que mais sabemos dizer sobre o sentimento do Poeta que "entrou" nos pensamentos de múmia, com este encanto tamanho?
Excelente, Juvenal Nunes. Fico grato por este trazer á frente o grande Alberto Osório de Castro.
Abraço de Amizade,
SOL da Esteva
O poeta interpretou na perfeição todo um passado de vida ativa e amorosa.
EliminarAbraço de amizade.
Juvenal Nunes
Olá! Bom post, é para refletir também. Bom fim de semana ❤️
ResponderEliminarAgradeço a sua visita e o comentário ex+resso.
EliminarAbraço de amizade.
Juvenal Nunes
A poem that evokes much feeling, as a poem should. Nicely done.
ResponderEliminarObrigado pela amável visita e comentário de apreciação.
EliminarAbraço de amizade.
Juvenal Nunes
Merci
ResponderEliminarBonne journée avec la pluie
Et 4 degrés
Bises
Não pdemos fugir à chuva, a vida continua, temos é que enfrentá-la devidamente protegidos.
EliminarContinuação de boa semana.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
Tão agradável o poema de um autor de que eu não tinha notícia, a musiquinha a embalar. Todos já fomos alguma coisa que irremediavelmente se perdeu. Não o que acontece nos indivíduos sujeitos ao tempo?
ResponderEliminarBom domingo, Juvenal
O tempo é inexorável e não perdoa.
EliminarO seu permanente desgaste vai-nos destruindo, até à machadada final.
Continuação de boa semana.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
Olá, Juvenal
ResponderEliminarNunca tinha lido nada de Alberto Osório de Castro.
A suplica da Múmia é um poema forte que viajou no tempo.
lembrou me um pouco Camilo Pessanha .
Gostei de ficar a conhecer.
Abraço e brisas doces **
São dois autores da mesma escola, é natural que tenha encontrado aspetos comuns.
EliminarContinuação de boa semana.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
Gracias por darlo a conocer. Besos.
ResponderEliminarHola Jovenal.
ResponderEliminarFantástico relato. Triste, pero muy bien excrito. Buen inicio de semana.
Abrazos.
Mónica.
muchas gracias x presenta run trabajo de sentimientos encontrados.
ResponderEliminarsaludos
Creio que nunca tinha lido nada deste poeta. E gostei de o encontrar aqui e ler este belíssimo soneto.
ResponderEliminarUma boa semana.
Um beijo.
bonsoir
ResponderEliminartoute l aprés midi c 'était bien pluvieux un déluge
Et dire que c'est la derniére semaine de novembre pouf
Autrement j ai fait une partie du ménage
je te dit une trés bonne soirée douce
bisous
Un poeta dentro de una momia...
ResponderEliminarGracias, Juvenal.
Espero que tengas un buen día.
También hay una entrada nueva en mi blog de un angelito.
Un abrazo.
Alberto Osório de Castro é mesmo grandioso em suas composições poéticas!!
ResponderEliminarVersos bastante complexos por sinal...
Abraços Juvenal, foi muito bom estar aqui!
Tenha uma ótima semana!
Encantador. Gracias, Juvenal
ResponderEliminarExcelente poema y musica,saludos.
ResponderEliminarMuito interessante, obrigada por compartilhar informações tão interessantes. Belíssimo poema. Abraços.
ResponderEliminarQué hermoso.
ResponderEliminarSaludos
Gostei da canção .
ResponderEliminarConhecia Osório de Castro, mas nunca lera nada dele : agradou-me.
Abraço com estima, tudo de bom :)
Un soneto capaz de establecer fronteras entre la belleza de la vida y la decrepitud e la muerte. Un abrazo. Carlos
ResponderEliminarNon conoscevo questo poeta e uomo politico portoghese. Ho imparato qualche cosa di nuovo ! Saluti
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