POETAS MEDIEVAIS
PAIO SOARES DE TAVEIRÓS
No mundo não conheço outro como eu,
enquanto me acontecer como me acontece:
porque já morro por vós, e ai!,
minha senhora branca e vermelha,
quereis que vos censure
quando vos eu vi em trajes menores?
Mau dia me levantei
que vos então não vi feia!
E, minha senhora, desde então,
passei muitos maus dias, ai!
E vós, filha de D.Paio
Moniz, parece-vos bem
ter eu de vós uma garvaia?
Pois eu, minha senhora, de presente
nunca de vós tive nem tenho
nem a mais pequenina coisa.
Paio Soares de Taveirós, originário da pequena nobreza galega,
foi um trovador da primeira metade do séc. XII.
A cantiga aqui publicada, de que se apresenta uma versão traduzida,
Cantiga da Ribeirinha ou Cantiga da Garvaia,
foi considerada, durante muito tempo, como a primeira obra poética
em língua galaico-portuguesa.
A cantiga foi dedicada a Maria Pais Ribeira, a conhecida Ribeirinha,
amante do rei português D. Sancho I.
garvaia - era um manto luxuoso, provavelmente de cor vermelha, usado
pela nobreza.
Um POETA MEDIEVAL que não conhecia. Como aprecio as cantigas dos trovadores, foi para mim um grande prazer ler aqui a cantiga de PAIO SOARES DE TAVEIRÓS, o trovador galego.
ResponderEliminarAs suas palavras sublinham a importância da divulgação que tenho vindo a fazer, ao mesmo tempo que me congratulo por corresponder às suas expectativas.
EliminarAgradeço a sua visita e volte sempre.
Abraço poético.
Juvenal Nunes
Existiram grandes poetas medievais. Gostei muito de ler um poema que não conhecia. Uma bela cantiga de um exemplar trovador.
ResponderEliminar.
Fique bem
Saudação poética
Sem dúvida que sim e esta cantiga foi, durante muito tempo, um símbolo dos tempos primordiais da literatura portuguesa.
EliminarSaudações poéticas.
Juvenal Nunes
Nao conhecia este poema (não se pode conhecer tudo...) e adorei!
ResponderEliminarGrata por o partilhar
Um abraço
Continua a ser um poema icónico do qual fiz, também, uma versão traduzida, mas acabei por optar pela versão apresentada.
EliminarAbraço poético.
Juvenal Nunes
Íntimos versos románticos... Realmente inspiradores.
ResponderEliminarAbrazo, Juvenal.
A atração pela beleza feminina sempre inquietou os poetas conduzindo-os a textos inspirados.
EliminarObrigado pelas suas palavras.
Abraço poético.
Juvenal Nunes
Muito bom!! :))
ResponderEliminarTenho post novo!
Beijos e um excelente dia
Agradeço a sua visita e comentário.
EliminarSaudações poéticas.
Juvenal Nunes
Belo e romântico poema.
ResponderEliminarDesconhecia o poeta, obrigado pela partilha.
Um abraço
O autor referido encontra-se no topo dos principais poetas da época.
ResponderEliminarObrigado pela sua visita e comentário.
Seja sempre bem-vinda.
Enorme abraço.
Juvenal Nunes
Boa noite de paz interior, Juvenal!
ResponderEliminarQuando do outro nada se tem, é tristeza ao coração, quando o nada é o essencial, então... Haja uma retribuição justa entre os amantes.
Retive-me nos últimos versos. Gostei do poeta sensível.
Tenha dias abençoados!
Abraços fraternos de paz e bem
O poeta confessa a sua profunda paixão, ao mesmo tempo que solicita algo mais, numa demonstração de uma certa desilusão. Parece-me ser um poema sobre o qual é possível tecer variadas considerações, não fosse o amor a isso propício.
ResponderEliminarFraterno abraço de amizade.
Juvenal Nunes
Não conhecia o poeta e o poema, mas gostei desta cantiga de amor.
ResponderEliminarMas fazer um poema à amante do rei talvez fosse perigoso...
Bom fim de semana, caro Juvenal.
Abraço.
Agradeço a sua visita e a pertinência da sua observação.
EliminarSaudações poéticas.
Juvenal Nunes
Juvenal,
ResponderEliminarMe encanta sua publicação.
Lindos e rebuscados versos.
Poesia é essa magia.
Bjins de ótima sexta-feira.
CatiahoAlc.
É um gosto a sua visita e palavras de apreço.
EliminarVolte sempre.
Grande abraço de amizade.
Juvenal Nunes
Muchas gracias por darnos a conocer estas joyas
ResponderEliminarUn beso grandw.
Obrigado pela simpatia das suas palavras.
EliminarSeja sempre bem-vinda.
Abraço poético.
Juvenal Nunes
Juvenal, teu blog é um aprendizado. O amor é o que une todas as épocas. Também lhe agradeço pelo compartilhamento. Abraços
ResponderEliminarAs suas observações são um louvável incentivo que me apraz registar.
ResponderEliminarGrande abraço.
Juvenal Nunes
Interessante essa ida às cantigas trovadorescas ( se é que a palavra existe). Um valor patrimonial imaterial, cultural português!
ResponderEliminarAbraço
Sem dúvida que a palavra existe e foi bem aplicada. No meu entender penso que quem se interessa pela poesia deverá conhecer um pouco das suas origens e desenvolvimento.
EliminarGrato pela sua visita, volte sempre.
Abraço poético.
Juvenal Nunes
Parabéns, por mais uma escolha notável, que me dá a conhecer este universo poético, para mim ainda tão desconhecido, o dos poetas medievais!...
ResponderEliminarUm grande abraço!
Ana