domingo, 28 de dezembro de 2025

 POETAS DE PARABÉNS

ALEXANDRE O`NEILL




O Beijo

Congresso de gaivotas neste céu
Como uma tampa azul cobrindo o Tejo.
Querela de aves, pios, escarcéu.
Ainda palpitante voa um beijo.

Donde teria vindo! (Não é meu…)
De algum quarto perdido no desejo?
De algum jovem amor que recebeu
Mandado de captura ou de despejo?

É uma ave estranha: colorida,
Vai batendo como a própria vida,
Um coração vermelho pelo ar.

E é a força sem fim de duas bocas,
De duas bocas que se juntam, loucas!
De inveja as gaivotas a gritar.

Alexandre O’Neill





        De se nome completo Alexandre Manuel Vahia de Castro O`Neill de Bulhões nasceu em Lisboa 
a 19 de dezembro de 1924 e faleceu na mesma cidade em 21 de agosto de 1986.
Notabilizou-se como poeta tendo ajudado a dar corpo ao movimento surrealista português.
       Politicamente insurgiu-se conta a política do Estado Novo tendo chegado a ser preso pela PIDE.
        A sua obra literária valeu-lhe, a título póstumo, ter sido agraciado como Grande-Oficial da Antiga, Nobolíssima e Esclarecida Ordem Militar de Santiago da Espada, do Mérito Científico, Literário e Artístico.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2025

 BALANÇO DO 5º ENCONTRO TEMÁTICO

UM POEMA  DE NATAL



Bom dia a todos,

        Conforme o previsto no prazo proposto encerram-se hoje, dia de Natal, as participações no 5º Encontro Temático - Um Poema de Natal.

        Quero expressar o meu sincero agradecimento a todos os visitantes, leitores e comentadores, que dinamizaram o evento, sem esquecer, principalmente, todos os participantes, que com os seus trabalhos lhe deram corpo e forma, tornando possível o concretizar da iniciativa.
        Desejo a todos a continuação de Boas Festas e que o espírito do Natal se prolongue no tempo, ao longo de todo o ano.
        Deixo também, a todos que o desejem, o disintivo identificativo da sua participação.

        Saudações poéticas e natalícias,

        Juvenal Nunes





sábado, 20 de dezembro de 2025

 5º ENCONTRO TEMÁTICO

UM POEMA DE NATAL






Mãe Natal

Sobre a gruta de Belém
Brilhou a estrela guia
A cintilar sem igual;
Maria tornou-se Mãe
Nessa noite de alegria
Em que se deu o Natal.

Juvenal Nunes



sábado, 13 de dezembro de 2025

 5º ENCONTRO TEMÁTICO

UM POEMA DE NATAL



Estamos de novo em tempo de Natal.
Aproveito a quadra para convocar e congregar todos na escrita de um poema de Natal.
Fico a aguardar o envio dos vossos trabalhos.


Quem quiser participar deverá:

    -- postar o texto no seu blog, antecedido do distintivo pictográfico apresentado.

        Saudações natalícias,   




        Juvenal Nunes

Participantes:


Rosélia - Nosso Salvador

Majra - Christmas

Verena - Natal

Olinda Melo - A Boa Nova

Marli Soares Borges - A Noite de Natal

Maria Rodrigues - O Natal é...

Nuria de Espinosa - El Significado

J. P. Alexander - O Natal Está a Chegar

Juvenal Nunes - Mãe Natal





quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

 XVI INTERAÇÃO FRATERNA DE NATAL






Natal Renovado

Belém! Cidade Natal,
Onde nasceu o Menino
Prometido à humanidade!
Nessa noite especial
Tornou-se humano o divino
Na mais completa humildade.

Juvenal Nunes





A convite da amiga Rosélia aqui fica a minha participação na XVI Interação Fraterna de Natal.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

 TERTÚLIA DO AMOR 5



Caminho de Flores

Na caminhada da vida.
Num campo rubro de flores,
Somos dois numa só voz;
Sendo a meta atingida
Conferimos os valores
Indo ao encontro de nós.

Juvenal Nunes





  A convite da amiga Rosélia aqui fica a minha participação ao desafio proposto.



quarta-feira, 26 de novembro de 2025

 POEMAS POR TEMAS

A MORTE





Tema: A Morte


Já me não pesa tanto o vir da morte

Já me não pesa tanto o vir da morte
Sei já que é nada, que é ficção e sonho,
E que, na roda universal da Sorte,
Não sou aquilo que me aqui suponho.

Sei que há muitos mundos que este pouco mundo
Onde parece a nós haver morrer –
Dura terra e fragosa, que há no fundo
Do oceano imenso de viver.

Sei que a morte que é tudo, não é nada,
E que, de morte em morte, a alma que há
Não cai num poço: vai por uma estrada
Em sua hora e a nossa, Deus dirá.

Fernando Pessoa







       Em 13 de junho de 1888, nasceu em Lisboa o poeta Fernando Pessoa. e faleceu na mesma
cidade em 30 de novembro de 1935. 
         Manifestou diversas personalidades literárias expressas nos diferentes heterónimos. É figura central do Modernismo português. Foi também um homem multifacetado tendo sido tradutor,
publicitário,astrólogo, filósofo, dramaturgo, ensaísta e crítico literário.
A verdadeira dimensão da sua obra só foi conhecida postumamente.

quarta-feira, 19 de novembro de 2025

 O SIMBOLISMO

ALBERTO OSÓRIO DE CASTRO





A SÚPLICA DA MÚMIA

Em Antínoë morri nova e linda. As sereias
Invejariam, sei, meu colo de mulher.
Minha pele espirava o aroma de hacopher
Meu cabelo enleava embruxadas cadeias.

Quem meus beijos provou não quisera morrer.
Quando eu passava engrinaldada de ninfeias
O desejo no olhar dos homens e em suas veias
Era uma flor eternamente a eflorescer.

E este ventre fendido e que te causa horror,
Viandante! já foi uma rosa de amor,
Mais rósea que o revoar de íbis róseos em bando.

Deixa esperar na sombra a minha múmia escura,
E hoje de mim só lembra esta viva pintura.
Meu olhar assim foi, inebriante e brando.

Alberto Osório de Castro





       
        Alberto Osório de Castro é o nome de um político e poeta português nascido em Coimbra
em 1 de março de 1868 e falecido em Lisboa em 1 de janeiro de 1946.
        Como político foi ministro da justiça no governo de Sidónio Pais. Como poeta integrou a
corrente simbolista, tendo evoluído, posteriormente, para um formalismo de sabor parnasiano.


quarta-feira, 12 de novembro de 2025

 POETAS DE PARABÉNS

MANUEL RUI




Quissange


Serenata  

Caem à noite pedras
sobre o templo
do silêncio
de espaço
um ruído de automóvel

um toque de sinos de uma igreja
monotonia diurna que não quebra
a queda das pedras
no silêncio

De dia o templo é
noite
e à noite há o silêncio

o esgaravatar de uma gaivota em fogo
o estalar de folhas novas
numa árvore
sabendo a vício este cigarro
de cheira a seiva dos pinheiros

E as pedras caem
como chuva ou neve
todas as noites que noites
já são poucas

E a seiva pedra sobre o templo
e a gaivota
o vício
a folha
quebrando este silêncio

Onde as guitarras?
Os quissanges acontecem longe

Manuel Rui 




        De seu nome completo Manuel Rui Alves Monteiro, nasceu no Huambo, a 4 de novembro 
de 1941.
        Estudou na universidade de Coimbra, onde se formou em Direito.
        Após o 25 de abril regressou a Angola onde assumiu diversos cargos académicos e políticos. 
        A letra do hino nacional de Angola é de sua autoria.
        É autor de vasta obra em prosa e em poesia.

        Quissange, de que apresentamos uma imagem, é o nome de um instrumento musical, que 
faz parte do espólio tradicional de Angola.


domingo, 2 de novembro de 2025

 TERTÚLIA DO AMOR 4




Bailinho

Na fina areia da praia,
A dançar com alegria,
A tua saia arredondas;
A leveza da cambraia
Completa a fantasia
Sob o murmúrio das ondas.

Juvenal Nunes





  A convite da amiga Rosélia aqui fica a minha participação ao desafio proposto.

domingo, 26 de outubro de 2025

 POEMAS POR TEMAS

DESTINO




Tema: Destino

A Nau Catrineta

Lá vem a Nau Catrineta,
que tem muito que contar!
Ouvide, agora, senhores,
Uma história de pasmar."

Passava mais de ano e dia,
que iam na volta do mar.
Já não tinham que comer,
nem tão pouco que manjar.

Deitaram sola de molho,
para o outro dia jantar.
Mas a sola era tão rija,
que a não puderam tragar."

"Deitaram sortes à ventura
qual se havia de matar.
Logo a sorte foi cair
no capitão general".

- "Sobe, sobe, marujinho,
àquele mastro real,
vê se vês terras de Espanha,
ou praias de Portugal."

- "Não vejo terras de Espanha,
nem praias de Portugal.
Vejo sete espadas nuas,
que estão para te matar."

- "Acima, acima, gajeiro,
acima ao tope real!
Olha se enxergas Espanha,
Areias de Portugal."

- "Alvíssaras, senhor alvíssaras,
meu capitão general!
Que eu já vejo tuas terras,
e reinos de Portugal.
Também vejo três meninas,
debaixo de um laranjal.
Uma sentada a coser,
outra na roca a fiar,
A mais formosa de todas,
está no meio a chorar."

- "Todas três são minhas filhas,
Oh! quem mas dera abraçar!
A mais formosa de todas
Contigo a hei-de casar"
- "A vossa filha não quero,
Que vos custou a criar.

- "Dou-te o meu cavalo branco,
Que nunca houve outro igual."
- "Guardai o vosso cavalo,
Que vos custou a ensinar."

- "Dar-te-ei tanto dinheiro
Que o não possas contar".
- "Não quero o vosso dinheiro
Pois vos custou a ganhar.-Dar-te-ei a Catrineta
Para nela navegares.”
Não quero a Nau Catrineta,
Que a não sei navegar.”

-“Que queres tu meu gajeiro,
Que alvíssaras te hei-de dar?
-“ Capitão, quero a tua alma,
Para comigo a levar!”

-“ Renego de ti, demónio,
Que me estavas a tentar!
A minha alma é só de Deus,
O corpo dou eu ao mar.”

Tomou-o um anjo nos braços,
Não no deixou afogar.
Deu um estouro o demónio.
Acalmaram vento e mar;

E à noite a Nau Catrineta
Estava em terra a varar.

Almeida Garrett





        Almeida Garrett nasceu no Porto, em 4 de fevereiro de 1799 e faleceu em Lisboa, em 9 de 
dezembro de 1854 .
        Combateu na guerra civil portuguesa de 1828-1834, pelos liberais.
        Foi orador e exerceu cargos políticos. Foi romancista histórico, dramaturgo e poeta. É uma 
figura cimeira da Literatura Portuguesa com grande expressividade no Romantismo.
        A Nau Catrineta faz parte do Romanceiro e Cancioneiro Geral, publicado por Garrett em 1843.

quinta-feira, 23 de outubro de 2025


 Tendo regressado é-me possível agora partihar algumas imagens da minha saída.



Já com os pés assentes na terra.


                                                                             Praia da Vitória



Manta de retalhos: verdejantes pastagens



                                                                     Uma de duas lagoas.
                                                  A água ocupa a cratera dos vulcões extintos.



                                                                               Vacas felizes



Cascata do Poço do Bacalhau



                                                                        Na Fábrica da Baleia.



             Um abraço para todos.

             Juvenal Nunes

segunda-feira, 20 de outubro de 2025

 PALAVRAS ALADAS


Informo todos os amigos visitantes, leitores e colaboradores que o Palavras Aladas está de volta.

Por razões de ordem técnica não me é possível, de momento, deixar mais do que a canção do vídeo.




Abraço de amizade para todos.

Juvenal Nunes

segunda-feira, 13 de outubro de 2025



 O Palavras Aladas vai entrar num período de pausa.





Volto em breve.

            Juvenal Nunes


segunda-feira, 6 de outubro de 2025

 

TERTÚLIA DO AMOR 3




Leitura a Dois

Lendo um livro em conjunto
Ao ar livre na montanha
Mostra bem a sintonia
Do teu corpo ao meu bem junto,
Numa só alma tamanha
Duma vida em harmonia.

Juvenal Nunes





  A convite da amiga Rosélia aqui fica a minha participação ao desafio proposto.


segunda-feira, 29 de setembro de 2025



O SIMBOLISMO

CRUZ E SOUSA





Alma solitária

Ó Alma doce e triste e palpitante!
que cítaras soluçam solitárias
pelas Regiões longínquas, visionárias
do teu Sonho secreto e fascinante!

Quantas zonas de luz purificante,
quantos silêncios, quantas sombras várias
de esferas imortais, imaginárias,
falam contigo, ó Alma cativante!

que chama acende os teus faróis noturnos
e veste os teus mistérios taciturnos
dos esplendores do arco de aliança?

Por que és assim, melancolicamente,
como um arcanjo infante, adolescente,
esquecido nos vales da Esperança?!

Cruz e Sousa




        João da Cruz e Sousa é um poeta brasileiro nascido em 24 de novembro de 1861 e falecido
em 19 de março de 1898.
        Falecido embora prematuramente, o seu talento poético reconhece-o como o primeiro e
principal expoente do simbolismo no Brasil.

segunda-feira, 22 de setembro de 2025

 POETAS DE PARABÉNS

NICOLAU TOLENTINO




Cegueira de Amor

Fiei-me nas promessas que afetavas
Nas lágrimas fingidas que vertias,
Nas ternas expressões que me fazias,
Nessas mãos que as minhas apertavas.

Talvez, cruel, que, quando as animavas,
Que eram doutrem na ideia fingirias,
E que os olhos banhados mostrarias
De pranto, que por outrem derramavas.

Mas eu sou tal, ingrata, que, inda vendo
Os meus tristes amores mal seguros,
De amar-te nunca, nunca me arrependo.

Ainda adoro os olhos teus perjuros,
Ainda amo a quem me mata, ainda acendo
Em aras falsas, holocaustos puros.

Nicolau Tolentino









De seu nome completo Nicolau Tolentino de Almeida, nasceu em Lisboa, em 10 de 
setembro de1740 e faleceu, na mesma cidade, em 23 de junho de 1811.
        Foi uma figura de relevo da Nova Arcádia. Bom metrificador e grande sonetista apresenta 
                       um estilo simples e coloquial. É tido como um dos maiores satíricos do século XVIII.

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

 POEMAS POR TEMAS

AS VINDIMAS




Tema: As Vindimas

A vindima de Eros

E de novo este céu desenrola a sua matéria
de outono. Com a precisão do vindimador, agarro
as suas vides e corto os cachos de névoa que
caem sobre a terra. Ponho-os no carro do poema,
e levo-os para a adega abandonada do sonho
para os transformar num vinho de palavras
feitas com as sílabas mais líquidas, as que se
podem beber pela taça da estrofe. E um fumo
da antiga inspiração evola-se da cuba
dos mistérios. As raparigas descalças, com
os seus aventais de sol, sobem para o lagar
e pisam as uvas. O cheiro do sumo sobe
até ao fundo da sua cabeça, e antes que fiquem
tontas começam a contar as memórias perecíveis,
as que nasceram de uma fuga noturna
pelos campos impunes do estio. Espero
que acabem o seu trabalho, e vejo-as sair com
as pernas roxas até aos joelhos, e as saias subidas
até às coxas. Os seus olhos rodam como
as velas de um moinho ébrio de vento; e
abrem os braços à luz, como se desejassem
que ela limpasse os seus corpos da espuma
que os envolve. E canto esses corpos, como
se elas me pedissem que transformasse
o mosto dos seus lábios no vermelho puro
da madrugada. Assim, uma levada de versos
recitados nos rituais da origem inunda
os seus seios e restitui-lhes a brancura inicial,
enquanto me obrigam a beber os líquidos
que os seus pés destilaram. E apenas lhes peço,
quando vestem as suas túnicas de nuvem,
que atravessem de novo as videiras decepadas
e abracem os vindimadores, beijando-os,
para que eles provem o vinho novo dos seus lábios.

Nuno Júdice




        Nuno Júdice é o nome de um poeta português nascido em Portimão, em 29 de abril de 1949 
e falecido em Lisboa, em 17 de março de 2024. Foi também ensaísta, ficcionista e professor universitário.
        Tem uma vasta obra publicada o que lhe valeu a atribuição, em 10 de junho de 1992, do grau 
de Oficial da Ordem Militar de Sant`Iago da Espada.

sexta-feira, 5 de setembro de 2025

 TERTÚLIA DO AMOR 2




Amor dançante

Ao som de qualquer canção,
No ritmo do coração
Em música que inebria,
O casal em sintonia
Corpo e alma em aliança
Vibra nas voltas da dança.

Juvenal Nunes





        A convite da amiga Rosélia aqui fica a minha participação ao desafio proposto.


sexta-feira, 29 de agosto de 2025

 O SIMBOLISMO

AUGUSTO GIL



             


A MÁSCARA

Por acaso, parou na minha frente,
De loup e dominó de seda negra,
Uma mulher de olhar resplandecente
E mento breve de figura grega.

Tomei-lhe as mãos esguias entre as minhas...

E os seus olhos doirados reluziram
Como os punhais ao sol, quando se tiram,
Aguçados e frios, das bainhas.

— Máscara, quem és tu?

— E tu quem és?...

— Um homem que te viu e te deseja...

E um riso vago, de desdém talvez,
Floriu na sua boca de cereja.

Ergui-lhe as mãos ascéticas. Beijei-as.

Em vibrações entrecortadas, secas,
Tiniam taças irisadas, cheias.
E uma frase de amor, toda em colcheias,
Vibrava nas arcadas das rebecas.

Levei-a para o vão duma janela.
— Máscara, quem és tu?

— Para que insistes?...

Outro riso subiu da boca dela
Aos olhos enigmáticos e tristes.

E descobriu a face. No capuz
Emoldurou-se um rosto lindo e sério.

Que diferente porém do que eu supus!

A gente nunca deve entrar com luz
Nos divinos recantos do mistério...

Augusto Gil






        Augusto Gil nasceu no Porto, Lordelo do Ouro, em 30 de junho de 1870 e faleceu em Lisboa,
em 26 de fevereiro de 1929. Viveu grande parte da sua vida na Guarda, que influenciou muitos
dos seus textos poéticos.
        O seu trabalho literário faz dele um grande influenciador da sua geração.
        A sua maestria poética foi reconhecida com a atribuição do grau de Grande-Oficial da Ordem
Militar de Sant´Iago da Espada, em 14 de fevereiro de 1920.