O SIMBOLISMO
CRUZ E SOUSA
Alma solitária
Ó
Alma doce e triste e palpitante!
que cítaras soluçam solitárias
pelas Regiões longínquas, visionárias
do teu Sonho secreto e fascinante!
Quantas
zonas de luz purificante,
quantos silêncios, quantas sombras várias
de esferas imortais, imaginárias,
falam contigo, ó Alma cativante!
que
chama acende os teus faróis noturnos
e veste os teus mistérios taciturnos
dos esplendores do arco de aliança?
Por
que és assim, melancolicamente,
como um arcanjo infante, adolescente,
esquecido nos vales da Esperança?!
Cruz e Sousa
em 19 de março de 1898.
Falecido embora prematuramente, o seu talento poético reconhece-o como o primeiro e
principal expoente do simbolismo no Brasil.
Dear Juvenal, thank you for telling us about the talented Brazilian poet.
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