POETAS DE PARABÉNS
NICOLAU TOLENTINO
Cegueira de Amor
Fiei-me nas promessas que
afetavas
Nas lágrimas fingidas que vertias,
Nas ternas expressões que me fazias,
Nessas mãos que as minhas apertavas.
Talvez, cruel, que, quando as animavas,
Que eram doutrem na ideia fingirias,
E que os olhos banhados mostrarias
De pranto, que por outrem derramavas.
Mas eu sou tal, ingrata, que, inda vendo
Os meus tristes amores mal seguros,
De amar-te nunca, nunca me arrependo.
Ainda adoro os olhos teus perjuros,
Ainda amo a quem me mata, ainda acendo
Em aras falsas, holocaustos puros.
Nicolau Tolentino
De seu nome completo Nicolau Tolentino de Almeida, nasceu em Lisboa, em 10 de
setembro de1740 e faleceu, na mesma cidade, em 23 de junho de 1811.
Foi uma figura de relevo da Nova Arcádia. Bom metrificador e grande sonetista apresenta
Foi uma figura de relevo da Nova Arcádia. Bom metrificador e grande sonetista apresenta
um estilo simples e coloquial. É tido como um dos maiores satíricos do século XVIII.
Thank you, dear friend Juvenal, for introducing us to the divine poets.
ResponderEliminarO amor é cego mas vê... Gostei de recordar aqui o poeta Nicolau Tolentino.
ResponderEliminarUma boa semana, meu Amigo Juvenal.
Um beijo.
Amigo, Juvenal: Hoy has logrado algo que solo los verdaderos alquimistas de la palabra consiguen: reunir en un mismo soplo la ironía luminosa de Nicolau Tolentino y tu sensibilidad siempre generosa. Qué maravilla ver cómo su “ceguera del amor” se transforma, bajo tu mirada, en un espejo donde todos podemos reconocernos: crédulos, heridos, pero aún capaces de amar con obstinación.
ResponderEliminarTolentino, con su estilo sencillo y punzante, nos recuerda que la sátira no excluye la ternura, sino que la revela con más claridad. Y tú, al traerlo hasta nosotros, haces que su voz resuene como si nunca hubiera dejado Lisboa.
Me viene a la mente una frase de Goethe, que parece escrita para este encuentro: “El amor es un ideal que se convierte en realidad cuando se acepta con todas sus contradicciones.”
Gracias por este regalo, Juvenal. Por hacer que la poesía siga siendo ese lugar donde el tiempo se curva y los poetas se dan la mano, aunque los siglos los separen.
Un fuerte abrazo, poeta.
Questi versi mostrano la contraddizione struggente di un amore cieco che, pur tradito e ingannato, continua a venerare l’ingannatore.
ResponderEliminarBuona settimana
É sempre agradável ler Tolentino.
ResponderEliminarObrigado pela partilha.
Boa semana.
Um abraço.